Do desrespeito a Mantega ao diálogo com justiça rigorosa
O que dizem não vem de estudos e pesquisas, mas das vulgaridades despejadas mentirosamente pela mídia, sem a menor responsabilidade ética e cidadã
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Li com alegria a notícia de que o ex-ministro Guido Mantega processará os dois agressores que lhe faltaram com o respeito num restaurante em São Paulo.
Mantega foi ao restaurante Trio, em São Paulo, para almoçar com sua esposa, no dia 28 de junho, quando foi perturbado com atos fascistas de discurso cifrado pela mídia monopolista.
Quem os ofendeu pertence à elite branca e empresarial de São Paulo. São os senhores José João Armada Locoselli e Marcelo Maktas Melsohn.
Os dois responderão pelos crimes de calúnia, injúria e difamação.
O que disseram não foi pouco e merece reparo. Afirmaram barbaridades, como testemunha um vídeo gravado por um celular e divulgado em primeira mão pelo site Brasil 247.
"– Ladrão, ladrão, sim senhor, palhaço, sem vergonha, sem vergonha, é isso o que o senhor é – disse um dos agressores.
– Estão acabando com esse país. Acabaram com a Petrobras, acabaram com tudo – gritou outro.
– A gente não vai mais aguentar calado – afirmou a acompanhante de um dos agressores, que, em vez de conter a estupidez alheia, embarcou na mesma onda de agressividade."
Esse setor que odeia encaminha muito mal e de modo transversal o debate sobre o País e a crise que vivemos.
Desde o Congresso Nacional, com senadores e deputados despreparados para o embate com o contraditório, usando de ofensas das mais agressivas e desrespeitosas, articulados com a mídia que se diverte com os dramas e dores da democracia, derrama-se ódio para todas as bordas da sociedade e em quantidade insuportável.
As redes sociais cheiram mal de tanta violência fascista. Grupos, que pretendem ser de debates, não passam de bate bocas com acusações mentirosas com a intenção de diminuir o outro.
Incrível que formação acadêmica não instrumenta nem capacita certas pessoas a serem minimamente compreensivas e científicas nas observações. O que dizem não vem de estudos e pesquisas, mas das vulgaridades despejadas mentirosamente pela mídia, sem a menor responsabilidade ética e cidadã.
Participo de vários grupos do what's app e tudo vai bem enquanto não analisamos a crise com critérios que não os dos ressentidos. Em caso de divergência as ofensas se desbordam até mesmo das bocas de pessoas detentoras de doutorados e das que vivem enfiadas em cultos de louvores de igrejas pentecostais conservadoras.
Essas que deveriam dar exemplo de interesse no debate sobre a Pátria, sobre os problemas sociais nas discussões com verdade e dignidade também ofendem rispidamente e até ameaçam, dando a impressão de que se presentes até agrediriam fisicamente.
Da mesma forma se percebe nos comentários sob artigos de defensores do governo federal e dos de ideias progressistas.
Os "comentaristas" vitimizam a língua portuguesa, ofendem moralmente os que pensam diferentemente deles, modificam os nomes das pessoas para ridicularizá-las, atacam a religiosidade e títulos institucionais dos que se propõem a interessadamente ajudar a pensar o País.
Nesse momento estudo com advogado a viabilidade de processar pessoas que me agridem enviando-me e-mails com ameaças e dos que ironizam ofensivamente com minha honra nos comentários aos meus artigos. Um desses adultera sistematicamente meu título eclesiástico "dom" para "dondoca", com a clara intenção de me ofender e caluniar, segundo meu advogado. Pior, usa nome falso no seu perfil do Facebook, em clara demonstração de falsidade ideológica.
E assim se repetem todos os tipos de violências de tipo fascista. Um porque usa camisa vermelha, outro porque lê uma revista de esquerda num voo e outros porque pensam.
Por isso saúdo com alegria a atitude do ex-ministro Guido Mantega de processar os falastrões que se pensam donos do mundo, com discurso viciado e sem nexo.
Ninguém tem o direito de apontar os dedos para o outro e acusá-lo irresponsavelmente. Há que caminharmos com a civilização que criou a democracia e suas ferramentas como sindicatos, partidos, justiça e tais para que encaminhemos nossas insatisfações. Restaurantes e gritos não são lugares nem meios apropriados para debates e muitos menos para falta de respeito e acusações sem fundamentos.
Somente os delinquentes e assassinos da ditadura agem como os senhores José João e Marcelo, com suas respectivas consortes.
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