Divisão da esquerda pode impedir vitória de Lula no primeiro turno

"Escapa ao entendimento racional e à lógica política o que ocorre com os partidos de esquerda nessas eleições. Tradicionais aliados do PT e de Lula, como PCdoB e PDT, que ganharam relevância nos governos Lula e Dilma e o PSOL, que nunca participou de governos do PT, mas combateu a deposição de Dilma, resolveram lançar candidato próprio a presidente este ano. Sabe-se lá por que! Logo neste ano em que Lula - favorito disparado - tem pela frente tantos obstáculos e precisava, mais do que nunca, do apoio dos aliados de todas as horas", alerta o colunista Alex Solnik  

"Escapa ao entendimento racional e à lógica política o que ocorre com os partidos de esquerda nessas eleições. Tradicionais aliados do PT e de Lula, como PCdoB e PDT, que ganharam relevância nos governos Lula e Dilma e o PSOL, que nunca participou de governos do PT, mas combateu a deposição de Dilma, resolveram lançar candidato próprio a presidente este ano. Sabe-se lá por que! Logo neste ano em que Lula - favorito disparado - tem pela frente tantos obstáculos e precisava, mais do que nunca, do apoio dos aliados de todas as horas", alerta o colunista Alex Solnik
 
"Escapa ao entendimento racional e à lógica política o que ocorre com os partidos de esquerda nessas eleições. Tradicionais aliados do PT e de Lula, como PCdoB e PDT, que ganharam relevância nos governos Lula e Dilma e o PSOL, que nunca participou de governos do PT, mas combateu a deposição de Dilma, resolveram lançar candidato próprio a presidente este ano. Sabe-se lá por que! Logo neste ano em que Lula - favorito disparado - tem pela frente tantos obstáculos e precisava, mais do que nunca, do apoio dos aliados de todas as horas", alerta o colunista Alex Solnik   (Foto: Alex Solnik)


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Escapa ao entendimento racional e à lógica política o que ocorre com os partidos de esquerda nessas eleições.

Tradicionais aliados do PT e de Lula, como PCdoB e PDT, que ganharam relevância nos governos Lula e Dilma e o PSOL, que nunca participou de governos do PT, mas combateu a deposição de Dilma, resolveram lançar candidato próprio a presidente este ano. Sabe-se lá por que!

Logo neste ano em que Lula - favorito disparado - tem pela frente tantos obstáculos e precisava, mais do que nunca, do apoio dos aliados de todas as horas.

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É isso que ninguém entende: se Lula é o franco favorito com possibilidade até de ganhar no primeiro turno por que os partidos de esquerda não apostam todas as fichas nele em vez de lançar vários candidatos e assim dificultar a confirmação desse prognóstico?

Por que não se unem para de fato levá-lo à vitória no primeiro turno e evitar o desgaste e os riscos de um segundo?

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A marcha das pesquisas indica que Lula caminha para alcançar a maioria no primeiro turno, retirar as outras candidaturas de esquerda pode ser decisivo para isso acontecer.

Parece que esses próceres esquerdistas não se recordam mais do célebre lema da luta contra a ditadura: “O povo unido jamais será vencido”.

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Ninguém se lembra de como a esquerda, que permaneceu unida durante a ditadura e por isso a derrubou, se esfacelou em vários partidos e somente 17 anos depois da redemocratização chegou ao poder.

Se a direita tivesse, a essa altura, um candidato vencedor não pensaria mais em outros nomes, concentraria nele todo o esforço de propaganda.

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A esquerda, no entanto, não sei se de caso pensado ou não insiste em imaginar – contra todas as evidências - que a divisão fortalece.

Alguns pré-candidatos de partidos minoritários, mais ousados e arrogantes chegam a impor condições a Lula, esquecendo que ele é o candidato do partido majoritário e favorito disparado.

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Quem pode impor condições é ele, não o contrário.

Não pode o menor impor condições ao maior.

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Três perguntas fundamentais têm que ser respondidas: 1) o PDT é capaz de vencer uma eleição presidencial sem o PT? 2) O PCdoB consegue ganhar uma eleição presidencial sem o PT? 3) O PSOL consegue?

A resposta certamente é “não”.

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No entanto, mesmo sem PDT, sem PSOL e sem PCdoB, o PT pode ganhar a eleição.

Se esses partidos de esquerda minoritários não reúnem condições de vencer uma disputa presidencial sem apoio de um partido grande, e não poderão contar com o PT, que tem candidato, com qual partido irão se unir? Com o MDB? Com o PSDB? Com o DEM? Com qual?

Alguém acredita que qualquer um desses pequenos partidos e seus respectivos candidatos têm alguma pálida possibilidade de passar ao segundo turno?

Alguém acha que eles vão passar o primeiro turno enchendo Lula de elogios? Ou apontando seus erros? Hein? Hein?

A diferença entre os candidatos de esquerda é que Lula pode vencer sem Ciro, Manuela e Boulos; mas, nenhum dos três pode vencer sem Lula.

O argumento de que no segundo turno estarão com Lula não se sustenta. É óbvio que no segundo turno – se não levar já no primeiro – Lula irá enfrentar um candidato de direita. Os nanicos de esquerda não vão apoiar Bolsonaro ou Alckmin ou Maia contra Lula. Ainda que a cúpula assim decida, os eleitores não farão essa loucura.

São candidaturas que não se explicam, não se justificam e não têm perspectiva de vitória.

Candidaturas nascidas para perder.

Mas poderão ser decisivas para impedir a vitória de Lula no primeiro turno.

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