Discutir plano B é atirar Lula aos leões
Imagina a situação do maior líder popular da história do país ao tomar conhecimento, nas masmorras de Curitiba, de que não é mais candidato? Isso equivale a atirá-lo aos leões. Lá na frente, se a Justiça Eleitoral oficializar sua inelegibilidade, caberá ao próprio Lula, preso ou solto, conduzir o processo de escolha do seu sucessor
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Lula, com sua genialidade, criou um fato político extraordinário, com forte repercussão no Brasil e no mundo, ao assenhorar-se do episódio dramático em que se transformou sua prisão. O justiceiro que mandou prendê-lo e os procuradores fascistas de Curitiba deram com os burros n'água. Isso porque nem na mais pessimista de suas previsões imaginavam que em vez de uma cabisbaixa e humilhante submissão à ordem de prisão, Lula fosse capaz de protagonizar um evento marcante na história do Brasil.
O problema para a Globo, o mercado financeiro e o corrompido sistema de justiça do país, que formam o núcleo duro do consórcio golpista que está destruindo o Brasil, é que eles gastaram seu último cartucho com a prisão de Lula. Com que munição pretendem enfrentar agora a força do movimento de solidariedade a Lula e a campanha por sua libertação, que já dá mostras de potencial para empolgar parte expressiva da sociedade e virar o jogo?
E não é só no Brasil. Tomei o cuidado de nesta segunda-feira, 9 de abril, pesquisar os sites dos maiores veículos de comunicação do planeta. Há praticamente uma unanimidade na imprensa internacional quanto ao caráter político da prisão de Lula.
O processo que o condenou é visto lá fora como cheio de vícios e falhas, quando não é tachado de fraudulento. Nos meios políticos e acadêmicos, é voz corrente entre personalidades das mais renomadas que a Constituição brasileira foi rasgada. A propósito, vale a pena assistir a um vídeo que circula na internet com uma entrevista do ex-primeiro-ministro português José Sócrates.
Esse clima traz a esperança de que será possível transformar a vida dos carrascos de Lula num verdadeiro inferno. De quebra, os movimentos em direção à unidade feitos pelos partidos de esquerda, a partir do assassinato de Marielle, do atentado contra a caravana de Lula e sua prisão ilegal, abrem a perspectiva de que possamos empurrar os fascistas de volta para sua jaula em menos tempo do que esperávamos.
E não é que neste cenário de guerra, no qual o nosso comandante está encarcerado, tem gente que insiste em precipitar sobre pau e pedra o debate sobre o Plano B para Lula ?. Ora, retirar do Lula sua condição de candidato a presidente soaria como música aos ouvidos dos vermes da ditadura judicial-midiática. A hora é de dobrar a aposta na sua candidatura, jogando esta bomba no colo dos golpistas.
Embora a maioria aja de forma bem-intencionada, no fundo, os que se apressam em definir um substituto para Lula como candidato da esquerda concordam com a mídia mafiosa que o jogo acabou e que é preciso virar a página. Discordo frontalmente. Lula está mais forte do que nunca. Seu martírio e sacrifício só reforçaram sua condição de mito amado pelo povo.
Imagina a situação do maior líder popular da história do país ao tomar conhecimento, nas masmorras de Curitiba, de que não é mais candidato? Isso equivale a atirá-lo aos leões. Lá na frente, se a Justiça Eleitoral oficializar sua inelegibilidade, caberá ao próprio Lula, preso ou solto, conduzir o processo de escolha do seu sucessor.
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