Discriminações, preconceitos, golpe de estado e a cor do fascismo
Abre-se a caixa de Pandora. Abriram... É fácil. O difícil é botar para dentro da caixa o fascista que saiu de dentro de você. Não acredita? Pergunte ao Benito Mussolini, ao Augusto Pinochet ou ao Jair Bolsonaro, este em menor escala quanto à fama e ao poder
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As diferenças são as essências da condição humana, da humanidade, dos indivíduos e das individualidades, que convergem quando vivemos em coletividade e sociedade, porque somos animais racionais, que vivem e se unem para sobreviver, a ter como combustível principal dessa química a solidariedade, que produz união, e, consequentemente, a tolerância, a paciência, a resignação, a generosidade, a compreensão, sendo que todas essas virtudes juntas, formam o amor solidário, que também se traduz na luta para que os interesses comuns sejam concretizados.
A humanidade não teria condições de sobreviver por milhares de anos se não fosse a solidariedade, que se baseia no sentimento de amparo e de preocupação com o semelhante, a concretizar tal enlace os interesses comuns de uma nação, de um estado, de uma cidade, de um bairro, de uma vila, de uma rua e de uma família. Todos estamos no mesmo barco, que é o planeta Terra, a nave-mãe, que nos transporta no decorrer de toda uma existência por mais curta que ela seja, pois, realmente, a vida é efêmera como um sopro.
Contudo, a humanidade teima em errar, a trilhar por veredas tortuosas e trilhas espinhosas, que sempre terminam em conflitos morais, religiosos, políticos, ideológicos, sexistas, étnicos, raciais, de classe social e de nacionalidade. São conflitos que, aparentemente, são impossíveis de serem solucionados e discutidos, porque, evidentemente, muitos deles acabam em guerras, tanto no âmbito de nações contra nações, países contra países, quanto em termos localizados, quando são deflagrados conflitos violentos, no que concerne, volto a ratificar, às questões religiosas, étnico-raciais, sexistas, ideológicas e políticas, como ocorre, inclusive e até de maneira comum e repetitiva, nos países desenvolvidos, a exemplo de França, Estados Unidos, Itália e Inglaterra, dentre muitos outros, a incluir também o Brasil neste lamentável e infame balaio de preconceitos, violências e intolerâncias.
Exatamente o Brasil, País que sempre dissimulou e manipulou, cinicamente e hipocritamente, seus abjetos e vis preconceitos, pois território onde viceja e atua uma das mais agressivas e violentas burguesias e pequenas burguesias (coxinhas) do mundo, como comprovam suas ações e seus infames e ignóbeis pensamentos por intermédio de inúmeras redes sociais e nas ruas, até mesmo em lugares fechados, a exemplo de bares, restaurantes, shoppings, escolas, universidades e repartições de trabalho, tanto na iniciativa privada quanto nas repartições públicas.
Geralmente as discriminações e preconceitos são demonstrados e efetivados por grupos sociais dominantes em todas suas esferas, a começar pela família, que é a representação da sociedade em forma de célula, que, unida a outras células, transforma-se em sociedade, que, de acordo com seu desenvolvimento e o acúmulo de riquezas, esta se torna dominante, a criar aparatos de defesa e ataque, bem como desenvolver ferramentas e instrumentos ideológicos, políticos e propagandísticos, a ter como propósito a incolumidade do status quo, que é controlado a ferro e a fogo pelos inquilinos da casa grande. Trata-se da casa grande oligárquica e nacional, que, na verdade, é ocupada por títeres ou bonifrates da plutocracia internacional, aquela que realmente manda no dinheiro do mundo, controla suas riquezas, além de fomentar e efetivar as guerras, bem como derrubar governos legalmente e legitimamente constituídos, seja pela força das armas ou por meio de golpes de estado dissimulados ao tempo que moralmente e juridicamente violentos, como ocorreu com a presidente trabalhista Dilma Rousseff.
Dilma é mais um mandatário brasileiro da corrente trabalhista alvo de uma hedionda farsa parlamentar, jurídica e midiática, que a derrubou da Presidência da República, sem ter cometido qualquer dolo, ou seja, crime de responsabilidade. Um golpe de estado injusto e infame promovido pelas "elites" tupiniquins e a ter como cúmplices o governo dos Estados Unidos, que, espertamente e malandramente, evitou cumprimentar o Golpista Usurpador e Amigo da Onça, vulgo michel temer.
Aliás, até agora, após uma semana do golpe, os presidentes e primeiros-ministros de Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Espanha, Portugal, Canadá, Japão, China, Rússia, além da maioria dos países latino-americanos, calaram-se e não saudaram oficialmente o governo do Usurpador de direita, um homem que se mostrou completamente desleal, infiel e desprovido de caráter e ética, pois afinal se trata de um legítimo, genuíno e verdadeiro golpista, que terá um lugar na História guardado especialmente para ele como traidor. michel temer já é um dos inquilinos da lixeira da História, a chafurdar na lama fétida do golpismo e, como traidor e golpista, será tratado até depois de sua morte.
Voltemos às discriminações e preconceitos. Esse conjunto de crenças, valores e princípios, indubitavelmente deformados, faz com que se deixe evidente, a quem circunda pelas fronteiras das sociedades dominantes ou mesmo àqueles que estão geograficamente longe delas, que seu valores, princípios e crenças são os que tem de ser seguidos, copiados, admirados e, por sua vez, impostos, por bem ou mal, aos países e nações que, porventura, não conquistaram um pleno desenvolvimento socioeconômico, que as sociedades dominantes conquistaram.
Entretanto, esta questão complexa tem como estratégia fundamental para que o processo de dominância e imposição por parte da casa grande se concretize o controle dos poder militar e policial, porque é por intermédio da força que os grupos dominantes das diferentes sociedades deste planeta edificam seus nichos de poder, e, evidentemente, tornam-se propositalmente sectários, despóticos e violentos quando seus interesses são contrariados, como ocorreu com Dilma Rousseff, João Goulart e Getúlio Vargas, bem como a perseguição atroz e feroz a Lula evidencia que as oligarquias jamais permitirão que uma personalidade política da influência e grandeza de Lula, que não foi cooptada pela plutocracia volte a pôr a cabeça para fora e, com efeito, assuma novamente a cadeira da Presidência da República.
Além do poder midiático, empresarial e parlamentar, as oligarquias de índoles e almas escravocratas contam com a cumplicidade e as ações do sistema judiciário brasileiro, extremamente politicamente conservador, ideologicamente de direita e compromissado com os interesses da plutocracia, tanto é verdade que o Judiciário (Justiça, MPF e PF) é, certamente e sem sombra de dúvida, o maior responsável pela quebra coletiva de grandes empresas nacionais privadas, bem como das principais estatais, como a Eletrobras, Petrobras, Nuclebras e a indústria naval, dentre outras empresas e setores estratégicos para o País de relevantes importâncias.
Os sistemas judiciário e midiático são, juntamente com o PSDB e o DEM, os principais responsáveis pela queda vertiginosa dos resultados da economia, assim como pelo alto desemprego, duas realidades que jamais aconteceram nos governos trabalhistas de Lula e Dilma, de 2003 até 2013, quando o Brasil cresceu notavelmente e seu povo, principalmente as classes populares, ascenderam socialmente e financeiramente. Fato. Se duvida, basta ler a história para não se deixar enganar ao invés de se informar e se instruir por meio de jornais dos magnatas bilionários de imprensa, que odeiam o povo brasileiro e são aliados históricos de governos e empresas estrangeiros.
Por serem assim, tal sectarismo passa a funcionar como um instrumento de preservação dos interesses do status quo, ou seja, das pessoas e grupos que são inquilinos do pico da pirâmide social. Esta máquina mundial que ordena as castas e distribuiu ou concentra as riquezas em âmbito mundial, apresenta-se de várias formas, em suas diferentes máscaras, mas que no fundo se tornam iguais quando se trata de manter, a qualquer custo, os privilégios e os benefícios dos ricos em todos os países, sejam estas nações desenvolvidas ou não.
E por quê? Porque independente dos valores e princípios que cada diferente sociedade agrega à sua cultura e modo de viver através do tempo, as classes dominantes, que detêm em suas mãos os meios de produção e também os capitais financeiros, além do poder policial e militar, negam-se a distribuir as riquezas produzidas aos seus povos. As chamadas "elites", que existem em todos os grupos sociais, sejam eles compostos por negros, brancos, vermelhos ou amarelos; muçulmanos, judeus ou cristãos; budistas ou bramanistas; espíritas ou confucionistas; capitalistas e até mesmo alguns "socialistas"; homossexuais ou héteros, não estão dispostas a, realmente, distribuir as riquezas produzidas por seus povos, ou seja, pelos trabalhadores.
Essas injustas e cruéis realidades ocorrem na história da humanidade, independente de suas nacionalidades, crenças, etnias e posição social. O elitismo e o sectarismo existem em todos os segmentos da sociedade. Então o que importa, para se combater esse estado de coisas, é não compactuar, discordar e não se tornar cúmplice dos que desejam e lutam por um mundo para poucos terem vantagens, privilégios, benefícios, prioridades e a mão amiga do Estado patrimonialista, juridicamente, judicialmente e politicamente protetor da minoria rica e proprietária da casa grande, em total dissociação com as realidades e as necessidade da grande maioria pobre das populações de diferentes nações.
A verdade é que os grupos dominantes tem o poder e por causa de seus benefícios e privilégios faz tudo para mantê-los, desde o pequeno proprietário de uma vila humilde, mas que possui mais bens do que seus conterrâneos, até os países poderosos, que da mesma maneira, só que agora de forma macro, em termos mundiais, também se nega a distribuir renda e riqueza e, consequentemente, parcela enorme da humanidade passa necessidades inomináveis, à mercê de intempéries sociais, econômicas e financeiras que poderiam, com esforço e vontade política, serem resolvidas ou bastante amenizadas.
E por que digo tudo isto, se quero falar de preconceitos, sejam eles com as máscaras ou dissimulações que usarem e se apresentarem? Porque o preconceito religioso, étnico-racial, de gênero, de nacionalidade, de sexo, inclusive contra os portadores de deficiências, estão enraizados, sobretudo, por causa do poder econômico e financeiro, que se multiplica em domínios e controles por parte de uma classe abastada, no que concerne ao controle das terras, das indústrias, dos bancos, das universidades e do acesso aos melhores empregos, à saúde e ao ensino de boa qualidade, à moradia e aos bairros confortáveis e organizados, bem como às facilidades para se ter uma vida social nada tediosa, com inúmeras opções de entretenimento e lazer.
Quero ratificar e reiterar que as discriminações e os preconceitos tem fundo econômico e financeiro, sendo que a questão social, ou seja, a estratificação de classes é a ramificação mais visível do preconceito, porque as riquezas das casas grandes em âmbito mundial são apresentadas às sociedades de forma distorcida e manipulada, quase que escondidas e, por seu turno, disfarçadas. Não é de bom alvitre que as camadas de pobres ou de remediados com bilhões de pessoas saibam, de fato, como vivem os ricos e os muito ricos. Seria uma imprudência e desfaçatez da alta burguesia.
Para amenizar tanta violência e radical egoísmo exemplificados em acúmulo ou concentração de riquezas que existem os economistas, os financistas, os contadores e os administradores de grandes e inimagináveis fortunas, que vicejam por este mundão de meu Deus. Além disso, os coronéis midiáticos e suas empresas privadas vivem do dinheiro público, ou seja, eles cantam loas e boas à iniciativa privada, mas não querem se desestatizar, apesar de pregarem, hipocritamente, a defesa dos preceitos neoliberais, enquanto estão sempre de olho no dinheiro em público em forma de publicidade e empréstimos a se perderem de vista.
O leitor verá, no decorrer do governo do Usurpador Golpista michel temer, como os magnatas bilionários de imprensa vão cair dentro dos cofres públicos para salvar suas empresas endividadas por causa de administrações incompetentes e irresponsáveis. Duvida? Então pesquise e verifique o estado calamitoso desses grupos de mídia politicamente seletivos, porque se partidarizaram, bem como se transformaram, juntamente com o lamentável e ordinário sistema judiciário brasileiro, os alicerces do golpe de estado criminoso contra a eleita pela maioria do povo, Dilma Rousseff.
As nações brigam por riquezas, como também as empresas, que, quando se tornam gigantes, são chamadas de trustes, monopólios, oligopólios, cartéis, que, na verdade, nasceram de famílias, que podem até se associar para tornar seus negócios planetários, mas sempre de alma familiar, e, portanto, provinciana, egoísta e miseravelmente violenta, pois, por ser familiar, vê o mundo por sua ótica, enquanto as sociedades são muito maiores que suas vãs filosofias e crenças em seus próprios umbigos. Daí nasce a intolerância, o racismo, a violência e toda sorte de preconceitos e inobservância das leis.
E por quê? Porque o racismo, a intolerância religiosa, de gênero, de classe social e de nacionalidade, por exemplo, têm por finalidade manter intactos os princípios e os valores dantescos e draconianos de castas sociais impostas pelo establishment mundial, que atua em todos os países e civilizações deste mundo. Contudo, há de se perceber que essa engrenagem ocorre em todas as esferas, desde a célula familiar até a comunidade internacional representada pelos governos das diferentes e irreconciliáveis nações.
O preconceito e a discriminação são as formas mais terríveis e hediondas que a humanidade implementou em suas sociedades para beneficiar e privilegiar, através dos milênios, àqueles que controlam as riquezas e que para mantê-las é necessário subjugar as classes sociais que estão nas bases da pirâmide social. As formas principais para deixar o outro de joelhos se dão por meio da propaganda e publicidade, da cooptação das elites dos países menores e, por fim, pela diplomacia do porrete, que é a guerra, sejam os conflitos entre nações ou entre vizinhos de uma mesma rua.
Preconceito e discriminação são a negação do que é humano, da existência, do respeito, do direito de viver em paz e harmonia, assim como impedem o acesso ao bem-estar social, a uma vida de melhor qualidade. Os preconceitos e as discriminações têm raízes, e elas são diabólicas porque negam o direito pleno à cidadania, à vida, bem como tem fundo econômico e financeiro, porque, inclusive, coopera para que as classes dominantes mantenham as classes pobres na ignorância, pois sem direito ao conhecimento e à instrução. Povo sem instrução e conhecimento significa povo enganado, manipulado e, indelevelmente, escravizado. Presa fácil dos covardes e dos perversos, como, por exemplo, os coronéis que controlam as mídias sociais empresariais.
Manter o povo na ignorância é também controlar seus desejos e pensamentos políticos e ideológicos, porque, não nos enganemos, tudo é ideologia, às vezes dissimulada, mas ideologia, como as religiões, a publicidade, a política, os produtos comprados e até a novela que o cidadão vê. Sempre tem um propósito e este propósito é evidenciado e repercutido por alguém que está atrás das câmeras de televisões ou na tribuna da Câmara ou do Senado, assim como em conversas em uma mesa de bar ou no sofá de casa junto à sua família.
O combate às discriminações e aos preconceitos de raça, cor, etnia, religião, sexo e procedência nacional tem de ser incessante, intermitentemente, sendo que as crianças e os mais jovens precisam ser informados para que não sejam pessoas perversas, frias, oportunistas e calculistas. A violência que aconteceu principalmente nos últimos quatro anos nas redes sociais e nas ruas é sinal do que o fascista que mora dentro de cada pessoa pode fazer se ele não for dominado e, por sua vez, controlado.
Abre-se a caixa de Pandora. Abriram... É fácil. O difícil é botar para dentro da caixa o fascista que saiu de dentro de você. Não acredita? Pergunte ao Benito Mussolini, ao Augusto Pinochet ou ao Jair Bolsonaro, este em menor escala quanto à fama e ao poder. Eles não nasceram adultos. Não se engane. Os três foram "aperfeiçoados" pelo Fáscio de caninos draconianos. Preconceito e discriminação significam reserva de mercado e hegemonia política e de classe social. Ambos hediondos, pois retiram a humanidade do ser humano e evidenciam a injustiça, a besta-fera que leva a democracia ao holocausto. É isso aí.
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