Diretoria do CFM tem de ser severamente punida pois também é responsável pelas milhares de mortes por Covid-19

A conduta moral e profissional, mas, sobretudo, humanitária da diretoria do Conselho Federal de Medicina (CFM) é, sem sombra dúvida, lamentável e deplorável em tempos de um País economicamente e socialmente de joelhos

CFM
CFM (Foto: Reprodução)


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Por Davis Sena Filho

A conduta moral e profissional, mas, sobretudo, humanitária da diretoria do Conselho Federal de Medicina (CFM) é, sem sombra dúvida, lamentável e deplorável em tempos de um País economicamente e socialmente de joelhos, irremediavelmente dividido politicamente, além de estar no olho do furacão da pandemia do novo coronavírus, que matou por Covid-19 cerca de meio milhão de brasileiros.

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Contudo, o Conselho Federal de Medicina e sua diretoria, que optou por apoiar questões, no mínimo, temerárias ao se alinhar ideologicamente e partidariamente com as decisões inusitadas e irresponsáveis de um governo protofascista, no que diz respeito a ratificar indicações por parte do presidente da República e de muitos de seus mais próximos assessores quanto ao uso de cloroquina, ivermectina, dentre outros medicamentos.

Trata-se de drogas medicinais que não causam efeito no que é relativo à prevenção contra a covid, bem como não são capazes de combater o vírus quando se encontra no corpo de um ser humano, porque, comprovadamente e cientificamente, ineficazes para o combate à Covid-19, enfermidade letal para os seres humanos e avassaladora quando se trata de destruir a economia e a estabilidade política e social, fato este que está a acontecer no Brasil, por intermédio dos interesses políticos de Jair Bolsonaro e de entidades que se alinharam politicamente ao mandatário, a exemplo do CFM.

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A verdade é que a diretoria do CFM há muitos anos atua no campo da direita, a se deixar levar por interesses nada republicanos, como apoiar o golpe de estado contra a presidente legitimamente eleita e constitucional, Dilma Rousseff, cujos membros de tal Conselho se aliaram a um Congresso de maioria golpista presidido e liderado pelo golpista e usurpador Eduardo Cunha.

Os principais membros do CFM estão na vanguarda do golpismo e, evidentemente, do atraso e do retrocesso. Eles se dispuseram, vergonhosamente, como comprovam há anos suas redes sociais e práticas políticas reais e concretas, a apoiar o governo do usurpador e traidor Michel Temer, um político medíocre, de poucos votos e que vivia durante décadas no submundo da política, a liderar um golpe bananeiro e rapidamente dar início ao desmonte do estado nacional e à extinção de inúmeros programas sociais, que se contrapunham à miséria, à pobreza e à falta de ensino e emprego de boa qualidade, cujos resultados são a fome e a violência, que se alastram no País como uma verdadeira epidemia.

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Se não bastassem as posições draconianas do Conselho Federal de Medicina, essa gente ideologizada à direita resolve em peso apoiar a candidatura de um político fascista, que durante 28 anos teve uma atuação deplorável em todos os sentidos como deputado federal, a se dizer favorável à tortura e a implementação de regimes políticos ditatoriais, sendo ainda acusado de ser machista, misógino, racista, xenófobo, homofóbico, além de ser francamente contra os interesses dos trabalhadores, estudantes, bem como realizar ações contra as minorias, a exemplo dos índios, negros e quilombolas.

Os médicos do Conselho Federal de Medicina e suas representações nos estados brasileiros, em grande maioria, já vinham há anos a demonstrar seus péssimos comportamentos, tanto moral quanto social, quando se insurgiram ferozmente contra o mais importante programa de distribuição de pessoal médico e de atendimento de profissionais de saúde à população brasileira.

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Isto mesmo. Trata-se do "Programa Mais Médicos" implementado no Governo Dilma Rousseff, que mobilizou milhares de médicos, brasileiros e estrangeiros, que passaram a ocupar postos desprezados por parte importante da categoria, que faz da medicina um ato de ofício pró-lucro, cujo propósito principal é ganhar muito dinheiro e aumentar, e muito, seus patrimônios pessoais, a comportarem-se como pequenos burgueses deslumbrados com suas próprias iniquidades e covardias praticadas há décadas contra o povo brasileiro, especialmente os pobres e muito pobres.

Jamais quiseram trabalhar nos guetos e nas periferias ou bairros suburbanos e longínquos de suas casas bem montadas e confortáveis, consultórios, clínicas e hospitais privados. Muitos desses médicos, em grande parte, possuem uma lógica elitista, sectária e, portanto, empresarial e senhorial, de forma a não terem a mínima compreensão real sobre seus nobres ofícios, porque são médicos oriundos de classes privilegiadas e, por sua vez, fazem da medicina um trampolim que os elevem ao status social e financeiro.

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Na verdade, são os verdadeiros médicos coxinhas, que se transformaram rapidamente, à moda camaleão, em bolsominions, a propósito de serem a base de sustentação social e profissional no que é referente ao setor de saúde, no decorrer do desgoverno fascista e ultraliberal de Jair Bolsonaro, sem sentir o mínimo de vergonha e, mais do que isto, porque por meio do CFM os médicos burgueses ratificam suas posições ideológicas, ou seja, tornam-se adversários poderosos da medicina aberta e democratizada para que a população brasileira tenha acesso a ela.

Negar a medicina como instrumento democrático e importante do Estado de Direito é negar a vida ao povo do Brasil. A oposição insana e preconceituosa, com a finalidade de combater o "Programa Mais Médicos", o maior e mais importante programa de atendimento à atenção básica implementado no Brasil evidenciou, sem sombra de dúvida, que os médicos ou grande parte deles combateram a democratização da medicina, a tratá-la como setor de reserva de mercado, além da violência inominável que foram as vaias e insultos aos médicos estrangeiros nos aeroportos, notadamente os cubanos, que foram tratados como profissionais de saúde inferiores, sendo que a comunidade internacional sabe muito bem que a medicina cubana é uma das mais avançadas do mundo.

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Os médicos brasileiros (sem generalizar), acostumados a se comportar como sinhozinhos que remontam à escravidão, bem como a tratar o povo com desdém e desrespeito, como se verifica em muitos casos filmados e fotografados, além de escritos, perderam o prumo e o rumo da história, porque se preocupam em apenas ganhar dinheiro e viajar para Miami e Orlando, comprar carros caros e casas nos melhores bairros, assim como mandar seus filhos estudar no exterior para escapar do inferno em que se transformou o País.

O Brasil infernal e indelevelmente dividido desde 2013, principalmente após o golpe contra Dilma Rousseff, além da ascensão de Temer e Bolsonaro, que deliberadamente desmontam o Estado nacional, assim como a prisão injusta, parcial e criminosa do ex-presidente Lula, conforme comprovaram as gravações insidiosas e golpistas das conversas dos delinquentes da Lava Jato, que eram membros de um verdadeiro covil de bandidos, sendo que o STF deixou mais do que claro e evidente que Lula foi vítima de uma conspiração sem precedentes, que envergonhou e enlameou a Justiça, a PF e o MPF em âmbito mundial.

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É neste contexto histórico que os médicos burgueses e francamente de direita que compõem a diretoria do CFM se posicionam para se alinhar, automaticamente, ao político fascista e considerado um pária pela comunidade internacional, Jair Bolsonaro. Esse pessoal que domina politicamente o Conselho transformou uma entidade tão importante para a sociedade em um enclave conservador, ideológico e totalmente refratário a uma política de fiscalização rigorosa e assertiva, de modo a não somente contradizer, mas, sobretudo, fazer publicidade, principalmente à comunidade do segmento profissional de saúde, que medicamentos como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina, dentre outros, que compunhariam o "Kit Covid" do Ministério da Saúde de Bolsonaro/Pazuello.

O "kit" da morte, se fosse de fato oficializado, como pensaram alguns membros de alto escalão da Presidência da República e do Ministério da Saúde. A irresponsabilidade em toda sua plenitude e amplidão, que chega a ser diabólica, pois somada à ausência de empatia, ética e bom senso à toda prova, no que se diz respeito às pessoas que deveriam zelar pela segurança e saúde do povo brasileiro. Trata-se, na verdade, de ações e atos criminosos, que certamente, no futuro, serão severamente investigados e os culpados duramente punidos, pois episódios de alta gravidade.  

A realidade crua e nua é que o Conselho Federal de Medicina vislumbra o futuro a olhar pelo retrovisor, o que o coloca em uma situação histórica péssima e humilhante para as médicas e os médicos que jamais foram cúmplices e muito menos participaram desse processo terrivelmente genocida, antipovo e contrário aos interesses do País e, obviamente, da medicina, que deveria ser tratada como um direito inalienável do povo brasileiro, conforme preconiza a Constituição, bem como comprova, dia a dia, o Sistema Único de Saúde (SUS).

Exatamente. O SUS tão combatido e ridicularizado na sociedade e na imprensa meramente de mercado durante décadas por médicos da estirpe e do naipe dos que estão a mandar no CFM e a contar suas moedas como se não tivesse o amanhã. O SUS, o sistema público popular, que segurou a onda na pandemia, e não os hospitais e clínicas privados e de luxo, que a diretoria do CFM representa, pois sua porta-voz. Para ter competência e encarar a pandemia somente o SUS com seus valorosos profissionais e equipamentos, e não a iniciativa privada, que se mostrou incompetente e omissa, cujo paciente prioritário é o lucro. Ponto.

Para finalizar, quero afirmar que o Conselho Federal de Medicina, dos inúmeros erros graves que cometeu até agora e no decorrer da pandemia, foi quanto à famigerada "autonomia" para o médico prescrever medicamentos e escolher tratamentos. Tudo isto é muito profissional e justo, se não fosse apenas retórica barata, que tem por finalidade engambelar os inocentes e desavisados por parte do CFM.

E explico: o médico, ao executar suas decisões perante o paciente e a respeitar as evidências científicas disponíveis no momento, tem não só todo o direito como também a obrigação de escolher o tipo de tratamento a ser efetivado. Porém, desde que o enfermo seja beneficiado de forma segura, sem que o tratamento não lhe faça mal.

Acontece que muitos médicos e médicas, inclusive os que foram à CPI da Covid no Senado, defenderam medicamentos e tratamentos ineficazes, irresponsavelmente e quase que fanaticamente, depois de tudo o que aconteceu no Brasil, com cerca de 500 mil mortes. É isto mesmo. Surreal! Ora bolas, trata-se de médicos que defendem o "tratamento precoce" por intermédio de medicamentos comprovadamente ineficazes, volto a ressaltar, para combater a Covid-19.

É simplesmente o fim da picada, que deveria causar  a cassação desses médicos e até mesmo a prisão aos que incorrem em crimes contra a humanidade, além de confundir a população com suas irresponsabilidades incomensuráveis, porque completamente absurdas. E são médicos! Toda essa bagunça e ignomínia com a aquiescência e a cumplicidade criminosa do CFM, que tem como finalidade maior de sua existência fiscalizar severamente e com acuidade os profissionais de saúde, os que respeitam o Juramento de Hipócrates e o Código de Ética Médica, mas principalmente fiscalizar os médicos, que não respeitam nada ou coisa nenhuma.

A verdade é a seguinte: quando uma entidade como o CFM, que representa uma categoria tão importante como é a dos médicos e resolve por questões políticas e ideológicas tergiversar quanto à honestidade de seus propósitos e de sua própria existência, é melhor fechar, pois governantes passam, mas se alinhar a um mandatário fascista, que retira direitos, entrega o País, desmonta o Estado, extingue programas de inclusão social e efetiva suas patifarias propositalmente a criar a maior crise sanitária da história do País, de forma deliberada e proposital, é porque algo está muito errado no reino da Dinamarca, no caso o CFM.

Veja bem, cara pálida, quando o CFM passa a defender a tal da "autonomia de prescrição", na verdade ele comete um tenebroso crime para cooperar com o governo bolsonarista e militarista em seus interesses, no caso o "tratamento precoce", que não é reconhecido por nenhuma instituição ou órgãos de saúde, científico e de pesquisa no mundo, que sejam minimamente sérios. E a diretoria do CFM sabe disso? Sabe, evidentemente. Eles não são burros... O CFM envergonha a nação e seus membros ainda responderão por seus atos insanos na Justiça. É isso aí.

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