Direita terá de carregar caixão de Temer
"É puro chute cravar quem vai ganhar a eleição, tantas são as variáveis que se apresentam, mas uma coisa é certa: vai ganhar quem encarnar o oposto de Temer", avalia o jornalista e colunista do 247 Alex Solnik; para ele, a aliança desenhada entre Michel Temer e Geraldo Alckmin não tem como ganhar; "Nenhum candidato que defender o legado ou o programa de Temer terá como ganhar. Porque ninguém quer que o Brasil continue caminhando em direção ao abismo", diz Solnik
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É puro chute cravar quem vai ganhar a eleição, tantas são as variáveis que se apresentam, mas uma coisa é certa: vai ganhar quem encarnar o oposto de Temer.
Essa lógica eleitoral ainda não foi nem será revogada. Depois de um governo verdadeiramente desastroso do ponto de vista econômico, o que as pesquisas não se cansam de mostrar, não há quem convença os brasileiros de que o legal é continuar com essa gente no Planalto.
Claro que não é. Temer não se elege e não elege ninguém. Nem os que o ajudaram a derrubar Dilma votam nele.
Os brasileiros vão votar contra 13 milhões de desempregados; vão votar contra o congelamento dos gastos públicos; vão votar contra a corrupção pornográfica; vão votar contra a insegurança pública; vão votar contra a venda do Brasil; vão votar contra um governo que foge da polícia.
Vão votar na oposição a Temer e à sua agenda de direita.
A direita está fadada a perder a eleição de 7 de outubro não só por não ter candidato competitivo, mas porque terá de carregar as alças dos caixões de Temer e do MDB, que é o maior partido de direita, porém ignorado ou odiado pela maioria dos eleitores.
A direita não tem como ganhar sem o MDB devido à capilaridade nacional do partido; mas ao lado do MDB também não tem como ganhar devido à baixa popularidade do presidente ilegítimo.
Ou seja: a direita não tem como ganhar. Nenhum candidato que defender o legado ou o programa de Temer terá como ganhar. Porque ninguém quer que o Brasil continue caminhando em direção ao abismo.
É uma grande oportunidade, portanto, para a esquerda retomar as rédeas do país, se não se perder no jogo de intrigas e supostas traições em que começa a se envolver depois da prisão de Lula, em vez de deixar que o tempo mostre os melhores caminhos.
Lula é o anti-Temer mais reconhecido pela população, por isso pontua as pesquisas, dentro ou fora da prisão, o que é um fenômeno espantoso, porque nem toda a blitzkrieg movida pela Globo e satélites amigos conseguiu colocar na cabeça da maioria de seus telespectadores que Lula deve ser descartado da vida nacional.
Dentro ou fora da prisão, Lula é a figura central dessa eleição. Sendo ou não candidato, eleito ou não também continuará sendo a figura central.
Porque a esquerda está condenada a ganhar em outubro e, seja quem for o candidato vencedor, Lula vai desempenhar um papel fundamental em seu governo. E na vida brasileira.
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