Direita raivosa

Trump e Bolsonaro
Trump e Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)


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Durante muito tempo, aguardávamos as reações da extrema direita brasileira, observando os passos dos seguidores de Trump. Como a cartilha de Bolsonaro é a mesma de seu ídolo Trump, já se sabia qual caminho tomaria. Por lá, temos um Trump que negligenciou a vacina, tentou a reeleição, passou meses contestando as eleições, perdeu e colocou sua milícia para contestar o resultado que culminou com a invasão ao Capitólio. Uma invasão que vandalizou e matou uma pessoa. O resultado disso tudo é um presidente que disseminou o ódio, armou mais a população e foi o primeiro presidente não reeleito na história. Esse enredo, estamos vivenciando neste momento. Estamos na fase de revoltas que culminou na tentativa de invasão a Polícia Federal.

Bolsonaro, depois de silencio sepulcral, começa a falar apenas aos seus seguidores, esquecendo que ainda governa o país até 31 de dezembro. Tenta atiçar a anarquia a todo custo. Recentemente falou que quem determina o destino dele quem decide seu futuro são seus seguidores, assim como quem decide o rumo das Forças Armadas, Câmara e Senado são seu grupo de apoiadores. Assim, Bolsonaro claramente é o maior incentivador dos atos terroristas em Brasília no dia da Cerimonia de diplomação de Lula, sem esquecer aqueles que financiam o pretenso golpe, que brevemente será revelado pela nova cúpula da Polícia Federal.

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O presidente atual nem impediu as ações na PF. Seu diretor, no momento do ato, estava comendo bacalhau e assim ficou sem se importar com nada, tal qual o começo das manifestações golpistas após as eleições. O estopim foi a prisão de um indígena José Acácio Sererê, bolsonarista e golpista, conhecido nas redes sociais, que trabalhava como pastor incitando as forças armadas a invadir a diplomação e até propondo matar o presidente Lula. Na verdade, este índio cidadão de bem não é reconhecido por sua comunidade , é bancado por fazendeiros, já foi preso por tráfico de drogas e é suspeito de aliciamento sexual de mulheres indígenas. Todos esses ditos cidadãos de bem, que apoiam Roberto Jefferson atirar em policiais e agora estão apoiando a queima de veículos e de ônibus. E logo Bolsonaro que sempre pregou que a direita nunca foi de arruaça e barbárie.

Na invasão ao Capitólio, os jornais começaram a dizer que a Antifa foi a verdadeira organizadora do ataque. Logo depois, se descobriu que foram atos organizados pela extrema direita de apoiadores de Trump, entre eles, o membro do QAnon, Jake Angeli. Não podemos esquecer que existe uma linha de investigação, onde Eduardo Bolsonaro estaria no “conselho de guerra” que planejou a invasão. As reportagens sobre o assunto foram publicadas por Olivia Little, da Media Matters, e de Seth Abramson, do Proof. Tudo isso é muito gravíssimo, pois demonstra que o modus operandi não é só importada dos Estados Unidos, mas que existe a pontuação e participação do clã Bolsonaro. 

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Toda estratégia é de nível militar. Não podemos esquecer também que Bolsonaro foi condenado por planejar atos golpistas contra o exército, onde iria provocar explosões em quarteis a torto a direito. O planejamento de colocar um índio na frente de batalha, contando que sua etnia estaria livre das Leis brasileiras. O artigo 58 do Estatuto do índio preserva sim a imputação de crimes da sociedade urbana, porém é vedada apenas aqueles índios sem qualquer vínculo com o homem branco e sem condições de entender as Leis.   

Tinha apontado que o nosso Capitólio Tupiniquim eram essas ocupações irregulares e desiquilibrada nas portas de quartéis, mas certamente a baderna de Brasília foi o marco tal qual nos Estados Unidos. Por lá, Trump antes de deixar a presidência, fez um decreto para que não possa ter culpabilidade, ter uma espécie de imunidade, um perdão a si mesmo. Se Bolsonaro, que não vai ter nenhuma imunidade pela primeira vez na vida, não conseguir algo que o proteja, irá como diria o Leão da Montanha, sair pela direita rumo à Itália. Um remorso preventivo do presidente seria melhor para sua imagem.

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