Direita empresarial se refestela em jantar de irresponsáveis com o Bolsonaro e seus ministros - Lula é o centro

Enquanto o Brasil caminha para a morte por Covid-19 de 250 mil pessoas, sendo assim o epicentro da doença no mundo, banqueiros e grandes empresários realizaram, em São Paulo, a reunião da "elite" econômica escravocrata com o séquito de Jair Bolsonaro



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Por Davis Sena Filho

Enquanto o Brasil caminha para a morte por Covid-19 de 250 mil pessoas, sendo assim o epicentro da doença no mundo, banqueiros e grandes empresários realizaram, em São Paulo, a reunião da "elite" econômica escravocrata com o séquito de Jair Bolsonaro, o presidente que sugere irresponsavelmente medicamentos à população, que, comprovadamente, não combatem o coronavírus, assim como sabota perversamente o isolamento apregoado pelos órgãos de saúde nacionais e internacionais.

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Enfim, nove bilionários dos 65 que o Brasil tem, segundo publicações da revista Forbes, estavam presentes à comezaina ou patuscada, sendo que todos eles, menos outros dois que não compareceram por estarem no exterior, são reconhecidos como bolsonaristas, a ter como exceção Luciano Hang, dono da Havan, que não foi convidado, porque considerado por muitos como um bolsominion radical e rocambolesco, porque pleno de palhaçadas mil, como se vestir de verde e amarelo, dar opiniões políticas sem pé nem cabeça, bem como ficar muito parecido com periquitos e papagaios de tamanhos gigantescos, a exemplo de Zé Carioca, personagem de quadrinhos da Disney.

Trata-se realmente da "elite" econômica, volto a sublinhar, mais inconsequente e irresponsável do mundo ocidental, porque mantenedora do atraso e do retrocesso, da pobreza, da miséria e da ignorância, além de ser autora de golpes de estado, a ter sempre como referência para manter seus benefícios e privilégios intactos a concentração de renda e riqueza brutal, a efetivar como resultado desse processo dantesco as desigualdades sociais e regionais no Brasil, sendo elas iguais e próximas dos bolsões de pobreza e miséria de países da América Latina e África.

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Enfim, lá estavam reunidos os golpistas de 2016 com o mandatário pária em termos mundiais, Jair Bolsonaro. O empresariado bilionário que transforma o Estado em instrumento para atender seus interesses patrimoniais e financeiros, que apoiaram a deposição de uma presidente honesta e a prisão injusta de um ex-presidente que não incorreu em crimes, como comprovam suas inúmeras vitórias na Justiça em todas as instâncias, bem como não deixam dúvidas a autoria de crimes graves contra o País e sua população por parte dos bandidos que se aboletaram no covil putrefato e mais do que insalubre da Lava Jato.

No entanto, 56 dos bilionários "brasileiros" restantes não participaram da reunião da direita com a extrema direita, assim como muitos deles consideram que o desgoverno militarista inconsequente e aloprado, que premeditadamente e propositalmente desmonta criminosamente o estado nacional e, com efeito, o País, a prejudicar de morte o mercado interno e os investimentos estatais e estrangeiros, já pensam em uma saída político-eleitoral que permita a retomada da economia e a reconquista de milhões de empregos extintos por causa de um golpe de estado que redundou no fim dos investimentos públicos, na quebra descomunal de empresas brasileiras gigantescas, assim como na extinção de centenas de milhões de micro, pequenas e médias empresas.

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Para isso, tais bilionários que são protagonistas e cúmplices do golpe de estado de 2016, que permitiu que gente de baixo nível de comprometimento com o País e intelectualmente abaixo do nível do mar assumissem a Presidência da República no lugar de Dilma Rousseff, que não cometeu quaisquer crimes. Pilantras como Michel Temer, um golpista e traidor de carteirinha acusado de todo tipo de corrupção, com provas.

Tal figura infame e sórdida se tornou presidente do Brasil sem ter um único voto, sendo que no poder o usurpador imediatamente iniciou o desmonte das estatais, deu fim aos programas de inclusão social, aos códigos e estatutos de proteção ambiental e das minorias sociais, além de velozmente entregar o pré-sal à gringada pirata, malandra e esperta, que suga e rouba as riquezas de países com "elites" subalternas e colonizadas, a exemplo da brasileira, que jamais em todos os tempos pensou o Brasil e propôs algum projeto de País e programa de governo.  

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Enquanto isso, os bilionários golpistas estão a pensar em como sair desse buraco em que se meteram, a conviver e se dar mal com os resultados provenientes das políticas econômicas ultraliberais chicago boy Paulo Guedes, que matam as galinhas dos ovos de ouro, que são os empregos, o consumo no mercado interno, os créditos aos pequenos empreendedores e aos trabalhadores e servidores públicos, além de um política externa sem preconceitos e livre de ideologias, como o faz o desgoverno irresponsável e incompetente do pária mundial, Jair Bolsonaro.

O fim dos investimentos públicos e os 20 anos de congelamento de setores como a saúde e a educação, a destruição da indústria naval, das empreiteiras brasileiras multinacionais, o engessamento do setor nuclear e a paralisação criminosa de milhares e milhares de obras por todo o País são as consequências draconianas, que transformaram o Brasil uma seara de tristezas, desassossegos, desesperanças e mortes, a ter como resultado mais grave a violência, porque há muito tempo se tornou uma epidemia, que causa grandes dores ao povo brasileiro.

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Não satisfeitos com toda degradação social e econômica imposta ao País, tais bilionários "brasileiros" que moram, na verdade, no exterior com suas famílias, porque o Brasil para essa gente não passa de um fazendão com mão de obra barata para explorar e enriquecer, os bilionários politicamente estúpidos resolvem ovacionar um dos principais causadores das crises sem fim que o País enfrenta, que é o presidente da República.

A verdade é que essa gente estúpida finge não perceber que o Brasil tem uma população completamente dividida há quase uma década, sendo que os milhões de eleitores que votam na esquerda e estão fartos de um desgoverno claudicante, instável e insensível para questões sérias como a pandemia do coronavírus, poderão agora contar com os votos das pessoas que votaram em Bolsonaro por muitos motivos que influenciaram o contexto das eleições de 2018.

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A fatídica e mórbida eleição levou a extrema direita ao poder, mas que após um pouco mais de dois anos as realidades se modificaram tão radicalmente, que hoje o ex-presidente Lula lidera muitas pesquisas eleitorais, bem como se tornou uma referência moral por ter comprovado e vencido seus mais agressivos, mentirosos e perversos adversários nos campos da justiça e da política.

Lula agora, e como nunca, é o centro político e partidário, e caberá a ele decidir se será candidato, assim como influenciará profundamente no que diz respeito ao debate sobre o Brasil dos últimos tempos, pois a partir de 2022 este País completará nove anos de quando foram realizados os primeiros protestos de direita nas ruas, no ano de 2013, e hoje a nação vivencia uma País arrasado em todos os sentidos. Arrasado, literalmente, por suas "elites" econômicas de almas escravocratas e colonizadora do próprio povo.  

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O problema desses bilionários inconsequentes e também do desgoverno militarista e ultraliberal é como vencer as eleições que se aproximam se os números sociais e econômicos são terrivelmente negativos. Com inflação prevista para quase 5% em 2021 e taxa selic de também 5%, além da dura realidade de um PIB que regrediu 4,1%, em 2020, pois de sexta maior economia do mundo, o Brasil passou a ser a 12ª com previsão de ser a 14ª, em 2022, segundo a agência Austin Rating. Além disso, o Brasil entrou em recessão no primeiro trimestre de 2020, encerrando um ciclo de fraquíssimo crescimento dos três anos anteriores, que envergonharia qualquer economista estagiário.

É coincidência? Obviamente que não. A partir do desgoverno do sujeito abjeto e traiçoeiro Michel Temer, o Estado começou a ser desmontado e as políticas econômicas desenvolvimentistas deram lugar às políticas neoliberais implementadas pelo banqueiro Henrique Meirelles, na era Temer, para, posteriormente, radicalizarem-se com o igualmente banqueiro Paulo Guedes, agora no desgoverno do extremista de direita Jair Bolsonaro.

Por sua vez, nem todos os bilionários brasileiros com instintos de predadores do seu próprio País estão de acordo com a reunião mequetrefe e rastaquera entre os fundamentalista do desgoverno Bolsonaro e os nove bilionários bolsonaristas. Um punhado de outros bilionários que não foram à reunião em São Paulo recentemente realizou um manifesto que dispunha sobre medidas de combate à pandemia. Inclusive esses bilionários fizeram críticas contundentes ao desgoverno Bolsonaro.

A verdade é que os bilionários por enquanto não estão unidos. Enquanto a minoria dos com bilhões se encontra com o Bolsonaro para dar-lhe apoio e fazer o contraponto às críticas recebidas pelo presidente de extrema direita pela maioria dos com bilhões, o Brasil dos militares no poder desce ladeira abaixo como nunca visto antes na história desse País com vocação para o fracasso.

Por seu turno, Lula volta à tona para respirar e olhar o que está à sua volta, de forma a atrair grupos sociais e econômicos, a fim de construir e sedimentar alianças para que o Brasil dê fim à sua divisão que remonta a 2013 e com isso cicatrizar o tecido social, que precisa voltar a ficar interligado e, consequentemente, dar início à recuperação não somente econômica e social, mas sobretudo moral, porque quando uma sociedade complexa e diversificada como a do Brasil se divide, as consequências são incomensuráveis e, com efeito, é necessário fechar as feridas e dar sequência, aí sim, ao desenvolvimento de infraestrutura e à recuperação dos direitos sociais perdidos e dos programas de inclusão extintos, além da macroeconomia, evidentemente.

O problema maior é que a "elite" econômica e seu braço, a direita partidária e ideologicamente predadora, tem de ter discernimento e responsabilidade com o País e sua população. Do contrário, não será possível retomar o desenvolvimento e recuperar as perdas insofismáveis que o Brasil teve e seu povo foi vítima, a pagar pelo seu erro político e eleitoral com fome e desemprego.

Os bilionários estão aí, à espera de que alguma coisa aconteça para eles ganharem mais dinheiro. O desgoverno fascista está aí, à espera de dar um autogolpe ou que aconteça algum milagre que o permita vencer as eleições de 2022. O Lula está aí, em busca de alianças, porque Lula governou oito anos e ele é a única força política do momento que tem a possibilidade de aglutinar e abrir um diálogo nacional em prol do Brasil e de seu povo. Como já disse: Lula é o centro; e o centro é o Lula. É isso aí.

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