Dilma se blinda no Congresso

A nova etapa da reforma ministerial sinaliza que o maior critério foi a densidade política de cada um dos escolhidos

A nova etapa da reforma ministerial sinaliza que o maior critério foi a densidade política de cada um dos escolhidos
A nova etapa da reforma ministerial sinaliza que o maior critério foi a densidade política de cada um dos escolhidos (Foto: Leonardo Attuch)


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Os 13 nomes anunciados para compor o segundo governo Dilma sinalizam que a maior preocupação do Palácio do Planalto, após uma disputa eleitoral extremamente radicalizada, é recolocar o País num ambiente de tranquilidade institucional e estabilidade política.

Depois de buscar retomar a confiança dos agentes econômicos, com os anúncios de Joaquim Levy e Nelson Barbosa, chegou a hora de enfrentar o terremoto da Operação Lava Jato. Com os ministros que agora se incorporam ao time de Dilma, fica claro que o governo buscou reforçar sua blindagem no Parlamento.

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Entre os escolhidos, destacam-se três ex-governadores (Cid Gomes, Jaques Wagner e Eduardo Braga) e um ex-prefeito da maior cidade do País (Gilberto Kassab). Todos reconhecidos pela lealdade que tiveram em relação a Dilma e pela capacidade de articulação política, além da experiência administrativa.

Se Braga foi líder do governo em momentos delicados, Cid teve papel essencial na eleição presidencial, ao rachar o PSB, enquanto Wagner garantiu uma votação recorde na Bahia. Kassab, por sua vez, é peça estratégica na montagem de uma grande frente de centro, disposta a garantir a governabilidade no segundo mandato.

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Outros nomes de destaque são Eliseu Padilha, do PMDB gaúcho, que foi ministro dos Transportes de FHC e tem bom trânsito na Câmara dos Deputados, onde paira a ameaça da eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Kátia Abreu, por sua vez, embora seja contestada pelos movimentos sociais, será chamada a dialogar com a sempre influente bancada ruralista. E sua nomeação, antes contestada pelo PMDB, acabou sendo abençoada pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL), outro cacique que se fortaleceu na montagem da nova equipe.

A nova equipe de Dilma pode ter desagrado alas do PT e eleitores mais alinhados à esquerda, mas não se pode negar que as escolhas obedeceram a um critério: a busca de paz no campo político. 

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