Dia dos trabalhadores e os conflitos violentos de classe
O dia dos trabalhadores neste 1º de maio de 2015 é celebrado em contexto de violentos e sangrentos conflitos de classe, carente de que se gere nova correlação de forças favoráveis aos interesses e necessidades da maioria
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O dia dos trabalhadores neste 1º de maio de 2015 é celebrado em contexto de violentos e sangrentos conflitos de classe, carente de que se gere nova correlação de forças favoráveis aos interesses e necessidades da maioria.
A burguesia neoliberal tenta impressionar a sociedade através da mídia, da justiça e do Congresso Nacional, dando as mãos para as piores iniciativas da direita mais rancorosa e egoísta dos últimos tempos da democracia que conquistamos.
Da Câmara voa para o Senado o projeto mais ofensivo possível contra os trabalhadores, cujos deputados irresponsáveis aliados ao covil de assaltantes do País, aprovaram a terceirização, com o objetivo de precarizar e destruir os direitos dos trabalhadores.
Se isso for aprovado no senado significará desemprego e estupro dos direitos conquistados na década de 30 no Governo Getúlio Vargas, que a elite rica e seus apaniguados da classe média não engolem até hoje.
Aqui em Goiás o governador amigo de Carlinhos Cachoeira, Marconi Perillo, já terceiriza a saúde e implanta essa escumalha em escolas da rede estadual para massacrar os professores e a educação.
No Paraná o seu amigo e parceiro de partido, Beto Richa, atropela a polícia, paga pelo povo para bater e destruir os professores que enfrentam o governador irresponsável.
A polícia, que bate em professores e atiça cachorros contra educadores desarmados que querem exercer o direito de impedir o golpe de Beto Richa, respalda com poderoso aparato militar a retirada de direitos de homens e mulheres que trabalham com sacrifício por anos de suas vidas para educar o povo. 213 profissionais do ensino da rede estadual foram feridos e espezinhados.
Correu notícia que alguns policiais quebraram a disciplina militar usada para o mal e se recusaram bater em professores, em mestres, quem sabe alguns que os ensinaram a viver. Eles, sem dúvidas, agiram corretamente. Desgraçadamente o comando a serviço de um Estado corrompido e aparelhado pela quadrilha de Beto Richa preferiu prender e expulsar esses anjos do bem.
É preciso que mais policiais se recusem a bater em trabalhadores, em professores e no povo que reivindica direitos. Quanto mais policiais tomarem a atitudes de se colar ao lado e a favor dos trabalhadores mais rapidamente os pés da besta ruirão sem pisar e esmagar as flores da primavera da justiça social.
Basta de homens e mulheres funcionários públicos e contratados para proteger o povo inverterem sua missão contra a sociedade. Basta de funcionários públicos da segurança servirem de apoio a gangues que se servem dos votos populares para assaltar o Estado.
Em São Paulo o governador companheiro neoliberal de Richa também é acostumado a empurrar funcionários públicos da segurança contra o povo, agora novamente sobre os professores em greve.
Aqui em Goiânia o prefeito Municipal Paulo Garcia também se orienta pela mesma cartilha neoliberal para bater nos professores. Hoje 60 professores foram feridos pela guarda municipal e 4 gravemente.
Em Santa Catarina o governador pegou gosto pela opressão para massacrar os professores em greve, também.
O juiz Sérgio Mora, de mãos dadas com a família Marinho da Globo e com Eduardo Cunha da Câmara dos Deputados, encarrega-se de promover o caos no País produzindo milhares de desempregos com policialismo irresponsável e mediavalesco, uma verdadeira caça aos empregos dos trabalhadores que pagam a conta de um justicialismo tacanho e vingativo. Sob o pretexto de investigar a corrupção, ele um tucano-neoliberal, visa rebentar com a Petrobrás, mãe inconteste do desenvolvimento nacional.
Nesta quinta-feira o Brasil amanheceu com um gosto de cinzas na garganta: o Banco Central mais uma vez tira dos pobres e dos trabalhadores para dar aos ricos. O BC, a mando do sistema financeiro, subiu os juros. Baita pancada nos miolos dos trabalhadores, dos empregos e dos investimentos. É a política arrasa Pátria!
Os deputados, majoritariamente contra os pobres, os negros e os filhos dos trabalhadores, a cabresto da mídia estupradora de consciências, aprovou a indecência da minorização da idade penal. Os deputados conservadores e antipovo quiseram nos enganar discursando que os menores são responsáveis pela maior parte da criminalidade. Mentira: as pesquisas indicam que menos 0,08% dos adolescentes se envolvem em crimes e são reeducados.
Portanto, nosso primeiro de maio continua o sacrifício que inspirou sua origem. Nasceu como homenagem dos trabalhadores de todo o mundo aos heróis assassinados pela polícia, pelo governo e pela justiça de Chicago em 1886.
Os trabalhadores levantaram-se com o objetivo de reivindicar a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias e contou com a participação de milhares de pessoas. Os EUA experimentaram uma fantástica greve geral. Dois dias após, 3 de maio, um pequeno levantamento redundou em uma escaramuça com a polícia e na morte de três trabalhadores. No dia 4 de maio, uma nova manifestação em protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, terminando com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos polícias que começavam a dispersar os manifestantes matando um agente, na rixa que se seguiu sete outros morreram. A polícia, desde o início servil da classe dominante que ocupa o Estado burguês, abriu fogo contra a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Por causa disso a justiça injusta condenou à morte cinco sindicalistas e três à pena perpétua.
No dia 23 de abril de 1919 o senado francês aprovou o dia de 8 horas e proclamou o dia 1 de maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adotou o 1º de maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países.
No Brasil o Presidente Getúlio Vargas aprovou 1º de maio como dia dos trabalhadores em 1943, em plena revolução industrial brasileira.
Portanto, graças à luta e aos heróis que entregam seu sangue e vidas em favor dos direitos à qualidade do trabalho e à redução da carga horária na produção, o dia dos trabalhadores é celebração de vitórias e da coragem de mudar, mesmo na luta contra as adversidades.
O sangue que a justiça americana, que a policia violenta, composta de homens inconscientes a serviço da injustiça brutal, sempre prontos a atirar e a matar quem trabalha, fertilizou e fertilizará os saborosos frutos dos heróis que tombam para semear as sementes da igualdade e da paz.
No Brasil não foi e não será diferente na longa jornada de lutas sob todos os interesses gigantescamente mesquinhos que se abatem sobre nós.
O sangue dos que plantaram 1º de maio nos dá forças para enfrentar as polícias, os cachorros e a barbárie dos Richa, dos Alckmin, dos Eduardo Cunha e de todos os endiabrados que inventam a minorização da idade penal, a terceirização, os desempregos e os aviltamentos salariais que sempre rondam quem trabalha e produz riquezas.
Em homenagem aos trabalhadores nasceu o hino "A Internacional Socialista", muito cantado nesta data. Posto aqui a última estrofe e o refrão como força para a luta. Venceremos!
Já fomos Grécia e fomos Roma
Tudo fizemos, nada temos
Só a pobreza que é a soma
Dessa riqueza que fizemos
Nunca mais no campo de batalha
Irmãos se voltem contra irmãos
Não mais suor de quem trabalha
Floresça em fruto noutras mãos
Refrão
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional.
O povo unido derrubará todas as barreiras e cachoeiras que barram a vitória semeada no dia 1º de maio de 1886 em Chicago com o sangue dos trabalhadores condenados à pena de morte por lutarem contra as injustiças.
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