Dia da Liberdade de Imprensa, um marco na luta pela democracia e a verdade

Como diz a ABI, no Dia da Liberdade de Imprensa o importante é reafirmar o compromisso de lutar por ela

(Foto: divulgação)


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José Reinaldo Carvalho, 247 - O Brasil comemorou na última terça-feira (7) o Dia da Liberdade de Imprensa. Para os jornalistas profissionais que fazem a mídia independente, conscientes de que sua missão é transmitir informações fidedignas, analisar objetivamente os fatos e opinar defendendo valores caros ao povo brasileiro e ao conjunto da humanidade, é um dia de resistência e luta. Em qualquer circunstância, "no Dia da Liberdade de Imprensa o importante é reafirmar nosso compromisso de lutar por ela", como assinala a ABI (Associação Brasileira de Imprensa) em nota oficial.

É uma luta histórica e atual no Brasil, que já viveu muitos períodos de ditaduras. Sempre que regimes reacionários se impuseram pela força, atacaram direitos fundamentais e a liberdade política, entre estes a liberdade de expressão. 

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A última ditadura que o Brasil teve, de 1964 a 1985  - a ditadura militar que governou em nome dos interesses da burguesia monopolista, dos latifundiários e do imperialismo estadunidense, um regime facínora que prendeu, torturou e assassinou democratas e patriotas - agiu de maneira aguda e intensa contra a liberdade de expressão. Empastelou jornais, impôs a censura e sua forma mais brutal, a censura prévia, perseguiu jornalistas. Alguns foram presos, torturados e assassinados.  

Agora o Brasil volta a viver um período tenebroso em que a liberdade de expressão é violada. O governo de extrema-direita manobra para amordaçar jornalistas com a censura e outros ataques à liberdade de expressão. Uma das marcas registradas do governo Bolsonaro é combater o jornalismo livre e a cultura. Faz isso em nome da propagação de valores reacionários, atua em todas as frentes contra o pensamento progressista, combate qualquer ideia que cultiva valores civilizatórios e humanistas. O chefete desse regime, Jair Bolsonaro, difunde discurso de ódio e ataca a democracia em todas as frentes.  

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A liberdade de expressão é um direito fundamental. Faz parte do conjunto dos direitos democráticos. Por meio do exercício da liberdade de expressão as forças progressistas, populares, democráticas, patrióticas, revolucionárias, os lutadores pelo socialismo podem propagar suas ideias transformadoras e exercer a pedagogia popular. Transmitem mensagens da boa política ao povo, contribuindo para sua educação e elevação da consciência. 

Ao exercer o direito à liberdade de expressão, o povo se defende dos ataques aos seus direitos sociais fundamentais, às agressões e arbitrariedades que sofre no dia a dia das autoridades que exercem poderes civis e militares. 

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Desde o início do seu mandato, Bolsonaro demonstra profundo desrespeito à liberdade de expressão, deu tratamento degradante aos profissionais de imprensa confinando-os no seu cercadinho palaciano. Agiu covardemente, com uma doentia predileção especial por atacar jornalistas mulheres, a quem ofendeu com expressões chulas. 

Bolsonaro se serviu à vontade dos favores dos meios de comunicação empresariais que ostensivamente atuaram como propagandistas do golpe de 2016 e apoiaram sua eleição à Presidência da República. Depois de instalado no poder, por acalentar planos tirânicos e no quadro de divisões entre facções das classes dominantes, incompatibilizou-se com veículos de comunicação empresariais contra os quais passou a fazer campanha. 

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Seu governo desmontou a comunicação pública e alterou a lei de acesso à informação impondo sigilo a documentos de interesse público.  

O governo de extrema-direita de Bolsonaro, que cultiva a violência miliciana, a ignorância e o preconceito, gerou no país um ambiente hostil à intelectualidade dos mais diversos setores, incluindo o jornalismo. Neste ambiente aumentaram as ocorrências de ameaças e assassinatos de jornalistas e blogueiros. 

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Comemoramos o dia nacional da liberdade de imprensa criticando também severamente quaisquer outros poderes da República que atentem contra a liberdade de expressão, todos os que, desde o Palácio do Planalto, a caserna e o Judiciário censuram e reprimem o que consideram ser delito de opinião. 

Em uma situação mundial complexa e repleta de conflitos, a opinião pública é submetida a uma ação diversionista de determinados veículos de comunicação que à sua maneira também violam a liberdade de expressão, cumprindo um papel deletério ao utilizarem seu imenso poder para intoxicar o povo com informações e editorialização distorcidas, silenciam forças políticas progressistas e revolucionárias e atuam em determinadas conjunturas em favor de golpes, atentando contra as aspirações democráticas dos povos. 

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Não são raras as situações em que veículos ligados aos interesses do capital monopolista-financeiro internacional e a núcleos de poder de forças imperialistas, colonialistas, expansionistas e agressivas em todas as latitudes, se comportam como provocadores de golpes, intervenções e guerras. As guerras dos EUA e Otan no Iraque, Afeganistão, Bálcãs, Líbia, Síria, as guerras híbridas no entorno da Rússia, a agressão colonialista e expansionista israelense contra o povo mártir da Palestina, os golpes, campanhas de desestabilização, sanções e bloqueios na América Latina são alguns exemplos de como veículos de comunicação violam eles próprios a liberdade de expressão e atuam como usinas de mentiras, concorrendo para a instabilidade mundial. Esta é a linha geral em aplicação também na cobertura do conflito na Ucrânia, durante o qual alguns veículos têm por norma de conduta a reprodução de relatos dos comandos dos EUA e da Otan.  

Tudo isso mostra que o exercício da liberdade de expressão pelos jornalistas independentes é também uma luta pela verdade.

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