Dia 7 de setembro cairá numa terça-feira
Jair Bolsonaro garantiu que irá à avenida Paulista e que fará um discurso ‘demorado’ [sic]. No discurso certamente teremos apologia ao armamento, incitação à violência, críticas ao sistema eleitoral, suspeitas sobre a CPI, xingamentos ao ex-presidente Lula e a presença do espectro de um Jesus armado de fuzil

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Apesar das convocações do presidente Bolsonaro para que o ‘seu’ povo compareça às manifestações antidemocráticas de 7 de setembro, onde todos receberão uniformes e bonés camuflados com o nome do presidente, a data será mais uma terça-feira no calendário.
Nenhuma semente será plantada no solo golpista da extrema direita, nenhum discurso histórico sairá da boca dos moribundos fascistas. Nada além de uma ‘cavalaria’ de jumentos desfilando pelas ruas em uma cena bizarra, como um filme do papa do trash, John Waters.
A marcha da vergonha alcançará o trending topics do Twitter, o mundo estará rindo da bravata do miliciano e o Brasil será ridicularizado como tem sido, desde que essa gente tosca foi conduzida ao poder.
Como não haverá o tradicional desfile de ‘sucatas’ no Distrito Federal, a passarela principal será aquela que a FIESP estendeu seu tapete quando foi anfitriã do golpe.
Jair Bolsonaro garantiu que irá à avenida Paulista e que fará um discurso ‘demorado’ [sic]. No discurso certamente teremos apologia ao armamento, incitação à violência, críticas ao sistema eleitoral, suspeitas sobre a CPI, xingamentos ao ex-presidente Lula e a presença do espectro de um Jesus armado de fuzil.
Outra pauta escatológica será a ‘injusta’ prisão de Roberto Jefferson, ataques à imprensa e ao Supremo e a tentativa de confundir ameaça à democracia com liberdade de expressão.
Esse é o triste cardápio que será servido nos pastos, no momento em que o gado iludido, cheio de brio e orgulho, estará prestando um desserviço ao seu país, aos seus irmãos. Tudo isso para acordar na quarta-feira com febre, tosse, fome e, quiçá, com Bolsonaro mais próximo da cadeia.
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