Dez dias: as chances de Bolsonaro virar

Porém, se continuar neste diapasão, faltando pouco mais de uma semana, muito dificilmente conseguirá virar o jogo

Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto 04/08/2022
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto 04/08/2022 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)


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Desde que o Datafolha divulgou a sua mais recente pesquisa, os analistas não pararam de oferecer exponencial avalanche de comentários sobre a aproximação do presidente Jair Bolsonaro junto ao ex-presidente Lula. Em linhas gerais, a diferença está em quatro pontos a favor do Lula e, se forçar a barra, pode-se considerar empate técnico.

Faltam dez dias para as eleições. Parece uma eternidade para os mais ansiosos. Mas, a cada minuto que passa, Bolsonaro precisa agir se quiser virar a diferença em torno (ainda) de cinco milhões de votos.

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Ele tem feito o máximo para isso: dos seus habituais fake news ao uso descarado da máquina estatal (coisa que o Lula não tem), numa disparidade de condições nunca antes vista. Até aqui, 20 dias da campanha já se passaram e poderíamos remeter à votação do primeiro turno para entendemos as chances dadas ao bolsonarismo neste hercúleo desafio de mudar o cenário a seu favor.

Mais de 90% dos votos do primeiro turno tiveram dois destinos: Lula e Bolsonaro. Considerando este fator, Lula saiu com 52,8% dos votos; o presidente obteve 47,2%. As pesquisas divulgadas esta semana, como em efeito manada, trazem números incrivelmente coincidentes: Quaest (52,8 a 47,2), Poder Data (52 a 48), Ipespe (52 a 48), Datafolha (52,1 a 47,9 – geralmente, o índice é arredondado), Ideia (52 a 48).

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Observando os números das pesquisas divulgadas na semana véspera da eleição, é certo afirmar que, 20 dias após o primeiro turno, Bolsonaro conseguiu extrair tão somente 1% em terreno que precisaria buscar índices seis vezes maiores. Lula tem se mostrado resiliente ante à ofensiva bolsonarista sem escrúpulos. Por outro lado, a série de absurdos dos últimos dias não abalou a reputação eleitoral do presidente. A máquina estatal até contribui para que Bolsonaro não decline e se mantenha páreo e competitivo.

Porém, se continuar neste diapasão, faltando pouco mais de uma semana, muito dificilmente conseguirá virar o jogo. E o Datafolha aponta ainda para uma rejeição ainda alta do presidente (50%) e uma cristalização dos votos como ocorreu no primeiro turno. Ou seja, como tira-teima, o primeiro turno pode ter antecipado o segundo. Enquanto isso, o tempo é adversário de Bolsonaro. E não para.

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