Deu a louca no wishful thinking do golpe

Alguém acha que poderia esperar o resultado do Impeachment para passar à tese de eleições gerais? Menos jumanji, mais xadrez



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A Folha de S. Paulo, no início da semana, jogou a toalha do golpe. Vendeu Michel Temer e lançou a campanha por eleições gerais, encampando proposta ultra-oportunista de Marina Silva.

Esta, que foi derrotada três vezes em 2014 - por Dilma, de virada, no primeiro turno; por Aécio, de virada, no primeiro turno; e por Dilma, de virada, no segundo turno - aprendeu pouco com a disputa política. Imagina que por liderar, com rasa margem de vantagem, as pesquisas caso as eleições fossem hoje, no ápice da crise nacional, poderia se transformar em presidenta.

A sociedade não aguenta mais tanto casuísmo da velha política, aliás.

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Primeiro, Impeachment sem crime de responsabilidade. Segundo, eleições gerais simplesmente do nada.

Coube novamente ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que tem optado por ser um estabilizador institucional, colocar as coisas em seu devido lugar. Tudo bem "ver com bons olhos" a ideia de antecipar as eleições para outubro, mas, para o presidente do Congresso Nacional, o novo pleito teria que englobar todos os cargos eletivos. Basicamente na linha do que disse a presidenta Dilma, sempre aberta ao diálogo. Para ela, antes de lhe fazerem a pergunta, é preciso fazê-la aos deputados e senadores; ao vice-presidente, eleito na mesma chapa que ela em 2014.

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O senador Romero Jucá, na contramão de Renan porque leal ao ansioso vice-presidente, defendeu eleições antecipadas só para presidente, para "pacificar as ruas". Ora, estas mesmas ruas que não se pacificaram com algo muito mais prosaico: as eleições de 2014. Nisto reside o golpismo desta "nova" proposta. Não se pode derrubar governo porque, além de não ser criminoso, resiste em cair.

Aécio Neves e a Globo já pularam fora do barco marineiro e da Folha.

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Não dá para dar zig-zag no golpe, foi a mensagem. Imagine inventar, semear e plantar toda uma nova mentira.

Além do que o processo atual de Impeachment teria de ser interrompido. Isso deixaria claro para a sociedade que é apenas mais uma manobra exclusivamente para apear Dilma do governo. Ou alguém acha que poderia esperar o resultado do Impeachment para passar à tese de eleições gerais?

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Menos jumanji, mais xadrez.

Além disso, oposicionistas mais "espertos" sabem que há muitos riscos.

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As eleições gerais aconteceriam sob o fim do financiamento empresarial de campanha, poderia ser aberto um flanco para se discutir, junto, o sistema de governo e o sistema eleitoral, o STF não necessariamente aceitaria uma emenda à Constituição desta natureza...

Deixem o governo governar, para combater o desemprego e restabelecer a sanidade do ambiente de negócios.

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