Destruir o Lula para se reapropriarem do Brasil
"A direita usa todos os seus meios para tentar destruir a imagem de Lula diante dos brasileiros (...), daí a sórdida campanha levada a cabo pelas famílias Frias, Marinho, Mesquita, Civita e suas empresas falidas, que lutam pela sua própria sobrevivência econômica", escreve Emir Sader, em referência aos veículos da mídia familiar brasileira; para o cientista político, os donos dessas empresas "colocam em prática o lema de Goebbels, de que 'mente, mente, mente, que sempre algo fica'"; "Precisam tirar a imagem do Lula de mais popular e mais democrático presidente que o Brasil já teve para que de novo o Brasil possa ser propriedade deles", ressalta o colunista do 247
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A direita sempre dirigiu o Brasil, que considerou como seu. Quando houve risco de perder o controle sobre o país, ela apelou para todas as suas armas - golpe, ditadura, massacre midiático - para destruir reputações.
Levaram Getúlio ao suicídio logo depois da criação da Petrobras. Tentaram impedir que JK fosse eleito, que tomasse posse e que governasse. Tentaram impedir que Jango tomasse posse na renúncia do Jânio, terminaram derrubando-o e destruindo a democracia para se reapropriar plenamente do Brasil. Sempre com o apoio ativo das empresas da mídia, das famílias Mesquita, Frias, Marinho.
Quando era insustentável continuar com a ditadura, bloquearam a possibilidade de o povo eleger democraticamente o presidente pelo voto direto, impuseram o Colégio Eleitoral e terminaram elegendo seu candidato a presidente da República. Quando havia o risco de Lula ou Brizola se elegerem pelo voto popular, promoveram o fantoche do Collor para salvá-los.
Fizeram de FHC a salvação contra Lula, até onde puderam, mas o fracasso do governo tucano fez com que perdessem o controle do país. Imediatamente começaram a campanha para derrubar Lula, pensaram em impeachment, mas tiveram medo da reação popular e quiseram asfixiá-lo no Congresso e derrotá-lo nas eleições de 2006.
Perderam, mais uma vez, mas seguiram com o intuito de recuperar o governo, nas eleições de 2010, com Serra, e na de 2014, com Aécio e Marina. Derrotados, tentaram impedir o governo de Dilma e agora buscam destruir a imagem de Lula para se reapropriarem do Brasil.
Tem que fazer como fizeram com a democracia em 1964: desqualificá-la, dizer que era a ante-sala do comunismo, que era uma cobertura para a corrupção, que era o oposto da democracia, para aí promover a derrubada da democracia e a instauração da pior ditadura que o Brasil já viveu.
Agora tratam de dizer que Lula, ao invés de ter sido o presidente que mais consolidou e promoveu a democracia no Brasil, é um risco para a democracia. Que sua popularidade serviu como cobertura para negócios ilícitos que ele teria feito. Que destruir sua imagem seria um serviço para a democracia, que estaria em boas mãos nas mãos dos que a destruíram com a ditadura instaurada em 1964.
A direita usa todos os seus meios para tentar destruir a imagem de Lula diante dos brasileiros, sem o que não conseguiriam destruí-lo como liderança política e como grande obstáculo que impede que eles voltem a se apropriar do governo e do Estado. Daí a sórdida campanha levada a cabo pelas famílias Frias, Marinho, Mesquita, Civita e suas empresas falidas, que lutam pela sua própria sobrevivência econômica.
Colocam em prática o lema de Goebbels de que "Mente, mente, mente, que sempre algo fica", sempre fica uma suspeita, menos se nada é provado. Precisam tirar a imagem do Lula de mais popular e mais democrático presidente que o Brasil já teve e que, por isso, se perfila como o favorito para voltar a ser presidente do Brasil, para que de novo o Brasil possa ser propriedade deles.
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