Despresidente inaugura a ‘escateologia’

O presidente não é um moleque a ser corrigido com puxões de orelha. Trata-se de crimes praticados em graus severos, não superficiais ou passíveis de impunidade



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Ao que tudo indica, a interpretação constitucional da falta de provas contra o despresidente feita pelo centrão e asseclas foi além, pois assumiram que genocídio é um ato estranho ao exercício da função do presidente e, por isso, o dito cujo não pode ser responsabilizado. Tal espanto foi trazido por articulistas de jornalões que deveriam se lembrar do quão importante foi eles defenderem que uma pedalada era suficiente para remover a mandatária do país, já que assim manda a Constituição, não é mesmo? 

O presidente não é um moleque a ser corrigido com puxões de orelha. Trata-se de crimes praticados em graus severos, não superficiais ou passíveis de impunidade. Especula-se que sua saúde esteja comprometida. Difícil de não associar tal fato a uma estratégia diversionista de fugir de suas responsabilidades. Em face da abundante verborragia escatológica do despresidente e de sua internação hospitalar, concluímos que ele sofre de sinapses intestinais. Se ele está à beira de um colapso nervoso, o que se dirá do povo brasileiro em luto pelo mais de meio milhão de mortos pela covid-19, desemprego em alta e instabilidade social gritante? 

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Para além do mote ‘templo é dinheiro’, inaugura-se, assim, uma nova linha “escateológica” da religião, perdoem-me o neologismo, dado o apoio mútuo ao e do desgoverno de Brasília. É inegável que a crença mística foi importante para a sobrevivência de nossa espécie, mas essa questão pretérita foi transmutada nas nefastas religiões de hoje. Ainda que a teocracia da prosperidade tenha invadido os espaços públicos e políticos, quero acreditar que nem todo evangélico apoia essa turba. Como exemplo, os movimentos progressistas que defendem a descriminalização do uso de drogas o fazem por questões de saúde e segurança pública. O ópio do povo não está aí incluído. 

Aos que ainda não estão entendendo o golpe em articulação por falta de ação das forças contrárias, foi necessário um cientista membro do corpo editorial de um dos jornalões para trazer de forma mais didática uma lista de crimes praticados no seio da presidência. No meio do mês de julho, o professor Rogério Cezar de Cerqueira Leite enumerou-os de forma interligada ao reflexo da falta de um mínimo de inteligência na condução do país. Tristes tópicos, parodiando o filósofo.

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