Desmoralização moral total
Agora que viram o estrago que fizeram, nobres políticos saem em discursos pedindo a junção de forças, trégua e solidariedade. Deveriam, antes, refletir os absurdos cometidos e a conspurcação institucional à qual submeteram a Nação de joelhos
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O Brasil passa por um momento econômico de tragédia, social de convulsão e político de catástrofe, os últimos acontecimentos somente comprovam o distanciamento da classe governante do povo, da sociedade e do bem estar comum.
Bilhões jogados fora com obras inacabadas durante a fatídica Copa do Mundo e, agora, teremos as Olímpiadas, com índices de criminalidade sem igual na maravilhosa cidade do Rio de Janeiro. Sem contar, ainda, com a triste situação do vírus da zika, que incomoda estrangeiros e a comunidade científica em torno da busca de uma medicação eficiente.
Vivemos um tempo de desmoralização moral total, já que, além do enorme esforço para conter os barulhos provenientes das ruas, enfileiram-se em posições diametralmente opostas aqueles que defendem o status quo e os ávidos pelas mudanças.
A América Latina, felizmente, está se desvencilhando do esquerdismo maquiavélico e se desligando da corrupção multissecular que nos trouxe um atraso descomunal e o perigo de produtos internos brutos negativos.
O ambiente empresarial, hoje, casa-se com três pontos, aluga-se, passa-se o ponto e vende-se, o Governo reconhece que errou, e feio, mas sabe que não há remédios, ao menos eficazes, para combater as mazelas e falcatruas do passado.
As crises moral, ética e econômica nos colocam desfiladeiro abaixo e o desemprego já alcança 8 milhões de brasileiros, os quais ficam sem plano de saúde e oportunidade alguma de consumo. O capitalismo clientelista foi rasgado e desumanizou a sociedade, aquilo que teria sentido soçobrou.
A sociedade está querendo, e rapidamente, alterações no poder, no comando e debelar essa situação de espanto e perplexidade, mas, sem o apoio incondicional da classe política, tudo será em vão.
Agora que viram o estrago que fizeram, nobres políticos saem em discursos pedindo a junção de forças, trégua e solidariedade, deveriam, antes, refletir os absurdos cometidos e a conspurcação institucional à qual submeteram a Nação de joelhos.
E não vamos nos deblaterar sobre temas menores ou criar falsos palcos de agendas políticas do retrocesso, a população não vive de ilusão, de sonho ou de promessas, ela quer emprego, saúde, transporte público, água tratada e saneamento.
A campanha da fraternidade expressa essa ideia de se encontrar um abrigo e a responsabilidade de todos para diminuirmos o distanciamento entre os mais ricos e os excluídos. Não adianta incluirmos milhões na linha de consumo e, pouco tempo depois, excluirmos mais pessoas e coloca-las sem emprego, na própria marginalidade.
A sociedade dirá qual o futuro que deseja e o tipo de governo que pretende, só voto obrigatório e eleições sem bons candidatos não resolvem, a Ficha Limpa é um avanço, mas projetos de governo nos serviriam de tábua de salvação nessa encruzilhada da história nacional.
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