Desmonte da Previdência e desemprego: o bagaço da laranja
A luta é a única alternativa para o povo trabalhador, que não pode se dividir. Defendemos nossa Previdência e Assistência. E exigimos do governo um plano de investimentos emergenciais para gerar emprego. É a única saída para resgatar a esperança do povo
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O governo laranja de Jair Bolsonaro colocou a reforma da Previdência como o grande objetivo de sua gestão. Paulo Guedes, o ministro da especulação financeira, repete os discursos de Henrique Meireles, aquele candidato que gastou quase R$ 40 milhões para ter menos votos de que o Cabo Daciolo, que não gastou quase nada e tinha bem menos tempo de televisão.
Paulo Guedes nomeou para conduzir o desmonte da Previdência o Rogério Marinho, que era deputado e foi o relator da reforma trabalhista, aquela que foi aprovada com a promessa de gerar milhões e milhões de empregos, mas só gerou arrocho, demissões e alegria dos patrões.
Rogério Marinho não se reelegeu. No seu estado, o Rio Grande do Norte, o povo elegeu governadora a Fátima Bezerra do PT, e ele ficou sem mandato. Pelos bons serviços prestados aos banqueiros, ganhou de consolo esse emprego público, pois desmontou a CLT e agora quer fazer outra maldade com os trabalhadores. Ele é do PSDB.
A reforma trabalhista não gerou um só emprego e a reforma da Previdência só vai produzir miséria, exclusão e desesperança. Vejam os dados da PNAD, pesquisa mensal do IBGE sobre emprego e desemprego.
A taxa de desocupação (12,0%) no trimestre móvel encerrado em janeiro de 2019 subiu 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2018 (11,7%). A população desocupada (12,7 milhões) cresceu 2,6% (mais 318 mil pessoas).
Mas o mais grave é que a população subutilizada (27,5 milhões) cresceu 2,5% (mais 671 mil pessoas). Essas pessoas trabalharam, quase sempre por conta própria, fazendo pequenos "bicos", trabalhos informais, etc. Quase sempre conseguem menos de meio salário mínimo por mês.
O número de pessoas desalentadas subiu 6,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (4,4 milhões). Desalentados são os homens e mulheres que desistiram de procurar emprego e não estão fazendo nem pequenos "bicos".
Somando os 12,7 milhões de desemprego aberto mais os 27,5 milhões de subutilizados e os 4,4 milhões de desalentados são 44,6 milhões de brasileiros sem emprego.
O número de empregados sem carteira assinada subiu 2,9%, um adicional de 320 mil pessoas, em relação ao mesmo período de 2017. Todos esses dados horrorosos não são só estatísticas. Refletem a vida real de milhões de brasileiros e brasileiras que tinham emprego e esperança e foram tão ou mais vítimas do golpe de estado ocorrido em 2016 que a presidenta Dilma e as forças democráticas.
E o governo que tomou posse em janeiro de 2019, cúmplice e continuidade do golpe, só pensa em aprovar uma reforma que quer esfolar as mulheres, os trabalhadores rurais, professoras e professores, vigilantes e demais trabalhadores que têm periculosidade, viúvas e seus filhos, beneficiários da Assistência e trabalhadores em geral. Isso só vai gerar mais desigualdade social, miséria e violência.
Por isso, a luta é a única alternativa para o povo trabalhador, que não pode se dividir. Defendemos nossa Previdência e Assistência. E exigimos do governo um plano de investimentos emergenciais para gerar emprego. É a única saída para resgatar a esperança do povo.
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