Deputados fazem tremer Santo Ofício de Curitiba

A viagem dos deputados petistas Wadih Damous e Paulo Pimenta à Espanha promete abalar as estruturas da Lava Jato. Os parlamentares trouxeram na bagagem horas de gravações com Tacla Durán, ex-advogado da Odebrecht, além de farta documentação comprovando todas as irregularidades da Operação Lava Jato denunciadas por ele, especialmente no que toca à obtenção de delações premiadas e à manipulação das planilhas e gráficos da Odebrecht com o objetivo de reforçar as acusações contra os alvos da República de Curitiba.

05/04/2017- Brasília- DF, Brasil- Deputados Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira durante coletiva onde falou sobre o filme operação Lava-jato. Foto Lula Marques/AGPT
05/04/2017- Brasília- DF, Brasil- Deputados Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira durante coletiva onde falou sobre o filme operação Lava-jato. Foto Lula Marques/AGPT (Foto: Bepe Damasco)


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A julgar pela reação destemperada do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos mais midiáticos inquisidores do Tribunal do Santo Ofício de Curitiba, a viagem dos deputados petistas Wadih Damous e Paulo Pimenta à Espanha promete abalar as estruturas da Lava Jato.

Os parlamentares trouxeram na bagagem horas de gravações com Tacla Durán, ex-advogado da Odebrecht, além de farta documentação comprovando todas as irregularidades da Operação Lava Jato denunciadas por ele, especialmente no que toca à obtenção de delações premiadas e à manipulação das planilhas e gráficos da Odebrecht com o objetivo de reforçar as acusações contra os alvos da República de Curitiba.

Agindo com a cautela e a prudência recomendadas em casos de tamanha complexidade e importância, Wadih e Pimenta vão classificar e catalogar os documentos e as gravações, antes de apresentá-los detalhadamente ao país. Mas já conseguiram aprovar a convocação do advogado, que também tem cidadania espanhola, para depor na CPI da JBS através de teleconferência.

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A eficácia da proteção da mídia monopolista liderada pela Globo a Moro, portanto, pode estar com os dias contados. Contando também com a conivência de seus pares naquele que talvez seja o poder Judiciário mais corrompido pela politização no mundo, o juiz de 1ª instância durante um bom tempo nadou de braçada. Ele e seus procuradores messiânicos se colocaram acima do Código Penal, do Código de Processo Penal e da Constituição da Repúbica, na condição fajuta de cruzados contra a corrupção.

Não esperavam, porém, tropeçar na força das redes sociais e na contranarrativa de uma quantidade considerável de brasileiros que não se submete à lavagem cerebral da mídia, resistindo ao estado de exceção e à caçada sórdida sofrida por Lula. A queda no apoio a Moro e à Lava Jato atestada pelas pesquisas mostra que é cada vez maior o número de pessoas que percebe com nitidez que por trás de um pretenso e pueril combate à corrupção está uma ação orquestrada pela plutocracia, cujo objetivo principal é destruir partidos e lideranças com compromissos populares.

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Pelo bem do país, oxalá esteja mesmo caminhando para o fim uma operação que quebrou o setor de engenharia, petróleo e gás, atirou milhões no desemprego, mantém presos por anos a fio réus sem condenação definitiva, arranca delações premiadas através de chantagens e pressão psicológica, condena sem provas, arrasta coercitivamente para depor investigados que sequer se negaram a fazê-lo, grampeia e divulga ilegalmente conversas de uma presidenta com um ex-presidente e viola as prerrogativas legais da advocacia ao grampear os defensores de Lula.

O Brasil precisa virar essa página.

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