Democracia sempre
'Forças progressistas devem manter-se vigilantes no restabelecimento da democracia e no cumprimento do programa apresentado', diz o colunista Alberto Cantalice
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A vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, abre uma imensa expectativa de novos ares no conturbado período golpista que se iniciou nas “marchas de 2013” e que teve como destinou final a eleição de Jair Bolsonaro em 2018. O desmonte do Estado, a interferência política nas policiais, a normalização do armamentismo, a ‘debacle´ nas contas públicas e a disseminação do ódio como carro chefe do governo, legam ao presidente eleito um desafio para lá de desafiador.
Um país que saíra do mapa da fome da ONU, nos governos do PT, será entregue com mais de 30 milhões de brasileiras e brasileiros na mais extremada miséria. Uma vergonha!
O descalabro na saúde pública descoberto pelo GT de transição pôs luz sobre o verdadeiro genocídio praticado pelo atual governo no período da pandemia, cujo morticínio só não foi maior do que o pornográfico número de 700 mil mortos pela ação dos profissionais do SUS e de prefeitos e governadores que se insurgiram contra o negacionismo bolsonarista. A ação criminosa do atual governo no tocante ao armamento da população civil é responsável por uma espiral de violência sem paralelo na história do país. Episódios de ataques em massa por “lobos solitários” ou neonazistas; o desvio de armas pelos chamados CACs para o crime organizado, o aumento exponencial dos casos de feminicídio e crimes de trânsito fazem parte da herança maldita do fascismo tupiniquim.
Para coroar o circo dos horrores vemos a presença dos “patriotas” nas portas dos quartéis a pedir um criminoso e ilegal golpe militar, ao arrepio da Leis e da Constituição- inconformados com a derrota eleitoral do “capitão” em um processo eleitoral legítimo reconhecido atestado e aprovado nos quatro cantos do mundo.
As forças progressistas que se articularam em torno da chapa Lula-Alckmim, principalmente no segundo turno do pleito devem manter-se vigilantes e mobilizadas em defesa do restabelecimento do Estado Democrático de Direito e do cumprimento do programa apresentado. É intolerável que a democracia duramente conquistada no pós ditadura -1964-1985- tenha que permanentemente conviver com uma “espada de Dâmocles” sobre a cabeça. Só o cultivo das práticas democráticas e a luta pela inclusão e incorporação do conjunto do povo brasileiro e em especial dos mais vulneráveis na sociedade civil é que conseguiremos elevar o Brasil à condição de “player” mundial e de campeão da solidariedade.
Nós acreditamos!
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