Delegado que mostrou relações entre Bolsonaro e matador de Marielle vai cair
"A primeira constatação é que foi punido pelo que revelou ontem e não porque agora a polícia irá atrás do mandante", escreve o jornalista Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia, sobre o delegado Giniton Lages, que chegou aos acusados de matar Marielle Franco e Anderson Gomes; "Foi punido porque a sua investigação mostrou ao país que o matador mora a três casas do presidente da República e – sobretudo – porque confirmou que a filha do matador namorou com o filho do presidente", diz Solnik
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia - Não faz sentido algum o delegado Giniton Lages, que descobriu quem matou Marielle ser afastado do caso a pretexto de agora se iniciar a segunda etapa das investigações, um dia depois da coletiva em que mostrou as relações estreitas do matador de Marielle com a família Bolsonaro, como informa a coluna de Lauro Jardim, em O Globo.
A primeira constatação é que foi punido pelo que revelou ontem e não porque agora a polícia irá atrás do mandante.
Foi punido porque a sua investigação mostrou ao país que o matador mora a três casas do presidente da República e – sobretudo – porque confirmou que a filha do matador namorou com o filho do presidente. Embora não tivesse investigado essa relação, só pode ter sido castigado porque sua investigação aproximou o presidente do atentado a Marielle.
E aqui não há dúvida a respeito de quem mandou tirar Giniton do caso. Ontem à tarde Bolsonaro contestou a investigação: "...se é que foram eles"...comentou a respeito do matador Ronnie Lessa e do motorista Élcio de Queiróz. Giniton começou a dançar aí.
O governador Wilson Witzel nunca escondeu que só foi eleito depois de Eduardo Bolsonaro mandar os bolsonaristas votarem nele. Faz tudo o que algum Bolsonaro precisar.
Giniton ficará conhecido como o delegado que investigava demais.
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