Defender a alegria, a esperança, a vida dos brasileiros
"A morte de Paulo Gustavo demonstra como nada está a salvo da ofensiva terrorista desse governo, que joga com o desalento, com o desânimo, com a desesperança, para tentar seguir sua tarefa de destruir o Brasil", escreve o sociólogo Emir Sader
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Por Emir Sader
Ninguém representou tanto a alegria no Brasil neste últimos anos no Brasil como Paulo Gustavo. A alegria, o riso, uma espécie de empatia e de esperança de que as pessoas ainda são capazes de sorrir, de se divertir, mesmo no meio de uma situação tão terrível como a que vivemos.
Sua morte é mais do que a perda de uma pessoa tão querida de todos. É a expressão mais acabada de como a política genocida deste governo atenta contra a alegria, contra a esperança, contra a própria vida dos brasileiros. A perda de Aldir Blanc no começo destes tempos tão terríveis e a perda agora de Paulo Gustavo, demonstra o poder genocida deste governo. Que fez da não compra dos milhões de vacinas que foram oferecidas no ano passado, uma questão menor de suposta falta de informação, mas que representa a perda de centenas de milhares de vidas, a perda de tantos dos melhores de nós.
Se faltasse algo para caracterizar este governo como genocida, aí estão as mais de 400 mil vidas perdidas, das quais a maioria delas poderia ter sido evitada, se tivéssemos um governo que defendesse a vida e a esperança dos brasileiros. A vacinação poderia ter sido começada ainda no ano passado. Paulo Gustavo, como tantos outros, poderia ter recebido, pelo menos uma dose, que já o defenderia da gravidade do vírus, talvez até mesmo a segunda, e estaria vivo, entre nós, nos fazendo sentir alegria, riso, esperança de viver.
É uma morte a mais que não teria tido que se dar. Não tem nada de fatal, nem de inevitável. Paulo Gustavo morreu por falta de vacinas, por falta de atenção, por falta de governo. Nos deixou o sentimento amargo que temos um Brasil, na mão desses assassinos, que não cuida dos brasileiros, que não exalta a vida, mas a morte, que não convoca a esperança, mas a desesperança, que não alenta o sorriso, mas as lágrimas.
A morte de Paulo Gustavo demonstra como nada está a salvo da ofensiva terrorista desse governo, que joga com o desalento, com o desânimo, com a desesperança, para tentar seguir sua tarefa de destruir o Brasil. Não apenas destruir as empresas públicas, não apenas destruir e a economia e os empregos. Mas também tentar destruir nossa alegria, nossos sorrisos, nossas esperanças, os Paulos Gustavos que levamos dentro de nós.
O que se joga na luta política de hoje no Brasil não e’ apenas a mudança da política econômica criminosa do Paulo Guedes e dos especuladores. Não é apenas a mudança de um governo que não foi eleito democraticamente e que governa contra a democracia.
O que jogamos hoje no Brasil é a defesa, a sobrevivência, da alegria, da esperança, da vida de todos os brasileiros. É a sobrevivência do Paulo Gustavo, que não soubemos impedir que fosse morto pelo genocida que governa em nome da morte.
Derrotar esse governo é não apenas derrotar um governo que busca destruir o Brasil. É derrotar um governo da morte, da desesperança, do ódio. Todo o oposto ao que o Paulo Gustavo representou para todos nós.
Quando o quadro de saúde dele já tinha sido declarado irreversível, que fechávamos os olhos e os ouvidos, para não recebermos a triste notícia, algumas pessoas passavam em frente ao hospital em que ele estava internado em Copacabana e gritavam, desesperados: “Força Paulo Gustavo!”.
Temos que reunir tudo o que nos sobre de humanidade, de esperança, de exaltação da vida, para derrotar esse governo da morte, da desesperança, do genocídio. Para que possamos fazer da herança e a lembrança de Paulo Gustavo, momentos de alegria, de esperança, de canto à vida, que só podem existir na democracia, que tanta falta nos faz.
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