Decisão do Copom e sinais sutis sobre os juros

'Um corte de juros pode ser mais provável em setembro do que em agosto', afirma o economista Paulo Gala

Roberto Campos Neto e Banco Central
Roberto Campos Neto e Banco Central (Foto: ABr)


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1/ O COPOM decidiu manter a taxa de juros em 13,75%. Apesar disso, alguns sinais sutis indicam a possibilidade de redução em agosto, embora sem garantias. O comunicado não foi explícito sobre um corte, mas destacou questões relevantes.

2/ O primeiro sinal sutil foi a retirada das projeções divulgadas anteriormente, que indicavam inflação abaixo de 3% com a manutenção da taxa até o final do próximo ano. Agora, o COPOM olha para 2024 e menciona a queda nos preços das commodities, embora a maior parte do movimento já tenha ocorrido.

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3/ Embora exista risco de queda adicional nas commodities, o COPOM considera que a maior parte do ajuste já foi feita. Os próximos passos dependerão das expectativas de inflação, principalmente em prazos mais longos. O BC continuará a agir com cautela.

4/ O comunicado não anuncia um corte de juros, mantendo o balanço de riscos equilibrado. Existe a possibilidade de a inflação subir ou cair. Outro sinal sutil foi a retirada da possibilidade de aumento da taxa caso a inflação acelere novamente, o que pode indicar a abertura para um possível corte.

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5/ No entanto, de maneira geral, o tom do COPOM permanece firme. Não houve grandes novidades que suavizassem o discurso. Os sinais sutis indicam possibilidades, mas ainda é incerto. Um corte de juros pode ser mais provável em setembro do que em agosto.

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