Decifra-me… ou dou um golpe
"Está mais difícil decifrar Bolsonaro que a esfinge", escreve Alex Solnik após a troca de Pujol pelo general Paulo Sergio, defensor de medidas de combate à Covid-19, para o comando do Exército
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Por Alex Solnik
Quando todo mundo, mas todo mundo mesmo, esperava que Bolsonaro nomeasse para o lugar do general Edson Leal Pujol um quatro estrelas mais durão e mais alinhado com as ideias negacionistas do governo, alguém que topasse colocar tanques na rua, se fosse preciso, para evitar o lockdown dos governadores, eis que ele escolhe justamente o general Paulo Sergio, que ficou conhecido pela entrevista ao Correio Braziliense na qual afirmou que o Exército segue todas as determinações da OMS, tais como isolamento e uso de máscaras em todos os quartéis.
E o escolheu por ser um dos três generais de quatro estrelas mais antigos, obedecendo à hierarquia, o que foi de encontro à tese de que ele queria cooptar o Exército por meio de oficiais mais novos, a exemplo de Chávez na Venezuela, como insinuou o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia.
Enganei um bobo na casca do ovo.
Está mais difícil decifrar Bolsonaro que a esfinge.
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