Debate, agressões e baixarias
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Tive a pachorra de assistir integralmente ao primeiro debate entre os selecionados presidenciáveis ao comando do Brasil.
À medida que transcorria eu ficava na esperança de que o próximo bloco iria ter uma qualidade melhor. Encerrou e a minha expectativa foi frustrada.
Participantes e jornalistas não corresponderam ao que se esperava de um primeiro debate entre aqueles que se propõem a gerir o país. Um país em crise múltipla!
O Brasil com os piores números na economia (crescimento estimado de + - 2% PIB), desemprego 10 milhões), miséria (33 milhões), insegurança alimentar (120 milhões), e mais de 680 mortos pela Covid-19, em virtude de uma política negacionista e embusteira; a redução significativa do patrimônio nacional, o alinhamento subalterno na política exterior, simbolicamente representado pela continência de um chefe de uma nação à bandeira de outro país, e pouco ou nada foi enfrentado desse retrato, para em seguida apresentar propostas de como mudar esse quadro.
Corrupção em vários ministérios, com farto material levantado pela CPI do genocídio, compras superfaturadas e/ou injustificáveis, como as de viagras, leite condensados, próteses penianas, vacinas, e a dos remédios (Ivermectina, Azitromicina, Hidroxicloroquina) comprados sem necessidades, sendo que a cloroquina foi até produzida pelo Exército, tudo com orientação do governo, porém, no debate deu amnésia.
Esse quadro emoldurado por uma tensão permanente entre os poderes, especialmente entre o STF, STE, e o Executivo, por conta de uma postura belicosa do genocida do planalto, que ainda insiste em levantar suspeitas sobre a correção do sistema eleitoral, e ninguém (debatedores e jornalistas) o questionou.
Por tudo, parecia que a realidade política e social também estava sob sigilo de 100 anos.
Durante e depois a checagem era de quem venceu cada bloco, como se fosse round de pugilato verbal.
Quais os parâmetros para medir: agressividade, xingamento, citação de números (falsos ou verdadeiros), oratória, polemismo, coragem para enfrentar o(s) oponente(s)?
Mas, o debate não deveria ser de propostas, de suas viabilidades e da credibilidade dos proponentes para a execução? Se sim, como medir quem venceu? Vencedor não deveria ser sobretudo o programa de governo, com a respectiva viabilidade e credibilidade para execução?
Quanto ao desempenho individual, creio que a surpresa ficou por conta de um Lula que parecia seguir um roteiro engessado; o Bolsonaro mostrou o que é: mentiroso, misógino, desequilibrado; os demais foram franco atiradores.
Por fim, o horário das 21:00, deve ser mesmo para o povo trabalhador não assistir.
Precário jornalismo, pobre política, sofridos telespectadores, como sofrível foi o programa. Mesmo assim, viva a democracia.
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