De passeata em passeata, rumo à guilhotina

Daqui a pouco não sobrará mais país e o povo estará condenado à escravidão. É disso que se trata. A democracia acabou. Não dá para seguir mais nesta toada de protestar nas ruas e ser golpeado em seguida, organizar outro protesto maior ainda e ser alvejado por mais um petardo. Cabe à esquerda tratar tempos de guerra como tempos de guerra

Daqui a pouco não sobrará mais país e o povo estará condenado à escravidão. É disso que se trata. A democracia acabou. Não dá para seguir mais nesta toada de protestar nas ruas e ser golpeado em seguida, organizar outro protesto maior ainda e ser alvejado por mais um petardo. Cabe à esquerda tratar tempos de guerra como tempos de guerra
Daqui a pouco não sobrará mais país e o povo estará condenado à escravidão. É disso que se trata. A democracia acabou. Não dá para seguir mais nesta toada de protestar nas ruas e ser golpeado em seguida, organizar outro protesto maior ainda e ser alvejado por mais um petardo. Cabe à esquerda tratar tempos de guerra como tempos de guerra (Foto: Bepe Damasco)


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Estou de pleno acordo que a luta de resistência democrática dos dias de hoje deve ter caráter pacífico. Abomino, por exemplo, o quebra-quebra irresponsável de tudo que veem pela frente por parte dos bandos de mascarados sem qualquer compromisso com a pauta de reivindicações dos manifestantes.

Dito isso, é preciso fazer justiça aos lutadores políticos e sociais, os quais desde que o golpe se tornou uma ameaça concreta têm feito das tripas coração nas ruas e nas redes em defesa da democracia e dos direitos do povo brasileiro.

Grandes protestos aconteceram em praticamente todos os estados. Em outros países, mobilizações dessa envergadura teriam força inclusive para dobrar deputados, senadores e os meios de comunicação. Não no Brasil, cujo Legislativo é composto majoritariamente por políticos inescrupulosos, sem vergonha e pilantras.

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Mais de 90% da população apoiam eleições diretas como saída para o fosso em que se encontra o país. Mas a maioria do Congresso Nacional constrói um acordo excluindo a soberania popular, através de eleições indiretas. As pesquisas apontam também que 85% são contra as reformas previdenciária e trabalhista. Mas os parlamentares as aprovam mesmo assim.

O governo golpista deve ser o único do planeta cujos projetos visam somente agradar ao mercado, menos de 1% da população, sabotando dia após dia os interesses do povo. O Judiciário, inclusive o STF, além do Ministério Público, envergonham a nação e traem a República com suas decisões incoerentes, estapafúrdias e voltadas para proteção dos plutocratas e a criminalização dos políticos ligados às causas populares e seus aliados.

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Um estadista reconhecido no mundo inteiro, como Lula, o presidente que mais fez pelo avanço social do Brasil e que tornou o país ator de primeira grandeza no cenário mundial, é caçado e perseguido por um juiz midiático e partidário em aliança com procuradores empavonados e inconsequentes.

Tudo com o apoio sorrateiro da inteligência do império norte-americano. Pautada pela mídia monopolista, é montada uma gigantesca fraude processual para tirar Lula, o favorito de todas as pesquisas, das próximas eleições presidenciais. A elite escravocrata corre contra o tempo. Depois da condenação de Lula por Moro, agora falta a 2ª instância confirmar a sentença para afastá-lo do páreo.

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Enquanto isso, 14 milhões de desempregados perambulam à procura de uma ocupação, a recessão é maior da história, programas sociais são desmontados, os direitos trabalhistas viram pó com o fim da CLT, as aposentadorias estão por um triz, gastos com saúde e educação são congelados por 20 anos e as riquezas do pré-sal são entregues aos países estrangeiros.

Daqui a pouco não sobrará mais país e o povo estará condenado à escravidão. É disso que se trata. A democracia acabou. Não dá para seguir mais nesta toada de protestar nas ruas e ser golpeado em seguida, organizar outro protesto maior ainda e ser alvejado por mais um petardo.

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Cabe à esquerda tratar tempos de guerra como tempos de guerra. O desafio é ser criativo e inovador quanto às formas de luta, sem descambar para a porralouquice. Estou longe de ter fórmulas mágicas para apresentar como sugestões de superação da mesmice que tem marcado as manifestações dos democratas.

Algumas ideias, porém, passam pela minha cabeça. Por que não pautar seriamente ações de desobediência civil, debatendo com a sociedade a necessidade de se deixar de pagar contas de luz, telefone, água, gás, telefone, etc?

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Por que não tentar ocupar o maior número possível de prédios públicos ? Já imaginaram a repercussão causada pela cena de figuras públicas do partido ocupando permanentemente as mesas da Câmara e do Senado, quem sabe até fazendo greve de fome ? Corro o risco de ter feito sugestões de difícil execução. Muitos as considerarão até lunáticas. Mas que algo precisa ser feito, ah, isso precisa. E já.

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