De Macri para Temer: eu sou você amanhã

"Em abril de 2016, em seu sexto mês de governo de centro-direita, o presidente argentino Maurizio Macri admitiu estar 'preocupado' com a situação social em meio a uma inflação que chegava a 12% no primeiro trimestre. Oito meses depois, agora em fins de dezembro de 2016, o desempregou aumentou, a inflação está em 40% e ele demitiu o ministro da Fazenda", diz o colunista Alex Solnik; "Também acenou com um governo de união nacional, mas não cumpriu; também assiste à deterioração do ambiente econômico com medidas cosméticas e daqui a pouco a solução vai ser trocar o ministro da Fazenda"

"Em abril de 2016, em seu sexto mês de governo de centro-direita, o presidente argentino Maurizio Macri admitiu estar 'preocupado' com a situação social em meio a uma inflação que chegava a 12% no primeiro trimestre. Oito meses depois, agora em fins de dezembro de 2016, o desempregou aumentou, a inflação está em 40% e ele demitiu o ministro da Fazenda", diz o colunista Alex Solnik; "Também acenou com um governo de união nacional, mas não cumpriu; também assiste à deterioração do ambiente econômico com medidas cosméticas e daqui a pouco a solução vai ser trocar o ministro da Fazenda"
"Em abril de 2016, em seu sexto mês de governo de centro-direita, o presidente argentino Maurizio Macri admitiu estar 'preocupado' com a situação social em meio a uma inflação que chegava a 12% no primeiro trimestre. Oito meses depois, agora em fins de dezembro de 2016, o desempregou aumentou, a inflação está em 40% e ele demitiu o ministro da Fazenda", diz o colunista Alex Solnik; "Também acenou com um governo de união nacional, mas não cumpriu; também assiste à deterioração do ambiente econômico com medidas cosméticas e daqui a pouco a solução vai ser trocar o ministro da Fazenda" (Foto: Alex Solnik)


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Lembra aquela velha propaganda de vodka?

   Um cara elegante senta-se no banquinho do bar e se depara com um cara igualzinho a ele sentado ao lado.

   “Quem é você”? pergunta.

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   “Eu sou você amanhã”, responde o clone.

   O comercial colocou no dicionário popular a expressão “Efeito Orloff” que passou a ser aplicada em vários contextos, inclusive na geopolítica: o que acontece hoje na Argentina vai acontecer no Brasil amanhã.

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   É uma lenda urbana, mas há paralelos entre os dois países.

   Algumas coisas acontecem antes no Brasil, outras antes na Argentina, mas que acontecem nos dois países, acontecem.

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   Os argentinos tiveram Perón, os brasileiros tiveram Getúlio Vargas.

   Os brasileiros tiveram Pelé, os argentinos tiveram Maradona.

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   Ditadura militar no Brasil, ditadura militar na Argentina.

   Eleito governo de esquerda na Argentina, eleito governo de esquerda no Brasil.

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   Eleita presidenta na Argentina, eleita presidenta no Brasil.

   Deposto governo de esquerda na Argentina (nas urnas), deposto governo de esquerda no Brasil (no tapetão).

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   A seguir assim, um dos próximos papas será brasileiro.

   Em abril de 2016, em seu sexto mês de governo de centro-direita, o presidente argentino Maurizio Macri admitiu estar "preocupado" com a situação social em meio a uma inflação que chegava a 12% no primeiro trimestre.

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   “A inflação dói ainda hoje. Mas sou muito otimista, estamos indo no caminho certo", disse Macri na ocasião.

   Mas seu otimismo não se confirmou. Ele não estava indo no caminho certo. Desde o início do mandato protestos se sucedem nas ruas de Buenos Aires, impedindo o trânsito e advertindo que a fome é má conselheira, devido aos cortes de subsídios que resultaram em aumento em até 300% nas contas de água e de luz.

   Oito meses depois, agora em fins de dezembro de 2016, o desempregou aumentou, a inflação está em 40% e ele demitiu o ministro da Fazenda.

   Claro que foi uma jogada para a torcida porque o grande responsável pela política econômica que está destruindo a Argentina é ele mesmo, com demissões em massa e ajustes fiscais, mais ou menos como Temer está fazendo no Brasil.

   Tirando dos pobres para dar aos ricos.

   Mas, como ele não pode se demitir, demite o ministro.

   É uma forma de ganhar tempo, tentar convencer a população de que agora sim as coisas vão entrar nos eixos.

   E levar o jogo para a prorrogação e contar com a benevolência do juiz e dos bandeirinhas.

    Temer está indo pelo mesmo caminho. Também acenou com um governo de união nacional, mas não cumpriu; também vem com essa conversa de que está no caminho certo, quando não está; também assiste à deterioração do ambiente econômico com medidas cosméticas e daqui a pouco a solução vai ser trocar o ministro da Fazenda.

   Não vai adiantar nada, porque a política econômica de Temer é um deserto de ideias e de soluções, mas não custa nada avisar:

  Te cuida, Meirelles!

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