Datafolha mostra efeito CPI
Quanto mais tempo a CPI da Covid durar, "maior será o desgaste e a rejeição a Bolsonaro", avalia Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia, após o levantamento Datafolha aumento da imagem negativa do governo
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
Os números da pesquisa Datafolha mostram que a CPI já está produzindo efeitos negativos para Bolsonaro.
Realizada em campo nos dias 11 e 12 de maio, com 2071 eleitores, depois, portanto, da primeira semana de CPI, aponta para um desgaste do atual presidente, não só em razão da distância que o separa de Lula tanto no primeiro turno (41% a 23%), quanto no segundo (55% a 32%), mas também pelo seu índice de rejeição de 54%, o mais alto de todos: mais da metade dos eleitores o rejeitam.
É evidente que nas próximas semanas, as sessões da CPI vão produzir mais novas e contundentes provas da irresponsabilidade, inépcia e descaso em proteger a população da maior pandemia dos últimos 100 anos.
O mais importante, portanto, não é prender esse ou aquele depoente por mentir (nem Pazuello deve ser preso por mentir, mas por ser cúmplice de mais de 400 mil mortos, mais adiante) e sim que a CPI vá em frente até ao menos o mês de agosto.
Quanto mais tempo durar, maior será o desgaste e a rejeição a Bolsonaro.
Por isso a tática dos bolsonaristas, como vimos ontem com a investida cafajeste de Flávio Bolsonaro contra Renan, é criar tumulto para impedir que a CPI prossiga.
Os senadores não podem cair nessa armadilha.
“Faça como o velho marinheiro/ que durante o nevoeiro/ leva o barco devagar” já ensinava o mestre Paulinho da Viola durante a ditadura militar.
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