Dallagnol incrementa o circo da Lava Jato e cobra para a Apae de olho em Lula

O garoto propaganda do negócio que envolve dinheiro promete informações em primeira mão aos participantes do show do servidor público, cujos salários são pagos com o suor dos contribuintes. Pois, perguntemos: quais são as informações de "primeira mão" que tal servidor vai repassar à plateia?

O procurador da República Deltan Dallagnol, que integra o núcleo da Operação Lava Jato, participa de lançamento, no Rio, do projeto 10 Medidas Contra a Corrupção, do MPF (Vladimir Platonow/Repórter da Agência Brasil)
O procurador da República Deltan Dallagnol, que integra o núcleo da Operação Lava Jato, participa de lançamento, no Rio, do projeto 10 Medidas Contra a Corrupção, do MPF (Vladimir Platonow/Repórter da Agência Brasil) (Foto: Davis Sena Filho)


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Só faltou anunciar o palhaço, a mulher barbuda, o homem que se transforma em gorila e o engolidor de espadas flamejantes, além do equilibrista, o malabarista, os cães e chimpanzés que apresentam vários números, além do mágico, o guardião de inúmeros truques, que deixam as pessoas de queixos caídos, é claro...

E não é que o "intocável" ao tempo que o cruzado religioso, Deltan Dallagnol, o procurador do powerpoint leviano, mentiroso e desprovido totalmente de provas contra o ex-presidente Lula anunciou em suas redes sociais o evento chamado de "Operação Lava Jato – Passado Presente e Futuro", que aconteceu ontem, em Curitiba, evidentemente, pois se trata da capital que abriga, além da política e partidária Lava Jato, é também a sede do governo privatista do espancador de trabalhadores e servidores públicos, que responde pelo nome de Beto Richa (PSDB). Está tudo em casa.

O garoto propaganda do negócio que envolve dinheiro, porque ingressos estão à venda por R$ 80,00, promete informações em primeira mão aos participantes do show do servidor público, cujos salários são pagos com o suor dos contribuintes. Ou seja, Dallagnol tem uma necessidade de aparecer de qualquer jeito, a demonstrar ao público sua personalidade cabotina, porque pretende sempre, e enquanto puder, ser iluminado pelas luzes da ribalta.

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Pois, perguntemos: quais são as informações de "primeira mão" que tal servidor vai repassar à plateia? E quem são as pessoas que terão o "privilégio" de ter conhecimento do processo no qual centenas de pessoas, independentes de serem culpadas ou não pelos crimes as quais são imputadas, estão com suas vidas em jogo, com as imagens desconstruídas e, com efeito, estão presas, a maioria de maneira preventiva, antes mesmo de serem julgadas pela Justiça.

Dallagnol, realmente, perdeu a noção do que é ser prudente e sensato, o que não surpreende a mais ninguém depois da apresentação do powerpoint mentiroso e leviano, além de se atrever a usar "pensamentos" de seu livro "As lógicas das provas no processo", que, dentre inúmeras e estonteantes elucubrações ou conjecturas, o procurador lançou ao ar as seguintes frases: "Provar é argumentar", sendo que julgar um réu é um "ato de crença, ou seja, um ato de fé".

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Pronto, criou-se no MPF o criacionismo jurídico, a ter como base questões, evidentemente, religiosas. Aliás, Dallagnol, no decorrer das operações da força-tarefa, sempre buscou o apoio do mundo evangélico para suas teses rocambolescas, no que diz respeito a encarcerar os acusados e denunciados sem apresentar provas de crimes definitivas e inquestionáveis, como reza o Direito e a Constituição.

Disse o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins: "Ora, não podemos admitir que provar é argumentar e ter crença, e nem julgar seja um ato de fé. A Constituição Federal assegura a garantia da presunção de inocência, que somente pode ser afastada se houver prova incontestável da prática de um crime". Não há como contestar as palavras de Zanin, não por ele defender o Lula, o maior político do Brasil, mas, obviamente, que nenhum cidadão brasileiro poderá ficar à mercê de servidores públicos do Judiciário que resolveram, inacreditavelmente, fazer política e escolher lado.

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Trata-se de uma tentativa por parte do procurador midiático Deltan Dallagnol de romper a Lei e, com efeito, tornar-se um ditador, que age e atua conforme suas convicções e fé. Aí não dá, porque simplesmente inaceitável, pois altamente questionável, de forma que as autoridades que estão acima de tal procurador passem a agir, pois, do contrário, o Brasil que já se tornou uma republiqueta bananeira perante o mundo civilizado, passará também a ser considerado selvagem ou bárbaro. Durma-se com um barulho desse. Haja golpes!

Entretanto, voltemos ao show do Dallagnol, que foi apresentado ontem, em Curitiba, com direito à propaganda. O procurador vaidoso e que pensa que o planeta Terra gira em roda de seu umbigo, afirmou que o dinheiro da féria será destinado à Apae. Mas, por quê? Deveria ser destinado ao "Criança Esperança da Globo", afinal pega muito mal para o ideológico e partidário "intocável" ser ingrato com a parafernália midiática da famiglia Marinho, uma das maiores sonegadoras de impostos do País, de acordo com as denúncias da própria imprensa de mercado e da Receita Federal, além da Prefeitura e do Estado do Rio de Janeiro. Sabia disso, doutor Dallagnol?

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Porém, a questão em pauta deste artigo é o show do procurador, com direito a uma plateia "vip", que terá acesso, segundo a propaganda, a informações privilegiadas sobre a Lava Jato. Se tiver fofocas, ilações e maledicências sobre o Lula, melhor ainda, pois, se não for assim, não terá graça, e o Dallagnol poderá ser severamente vaiado pela plateia coxinha e de direita, que desde o ano de 2013 está muito a fim de o Brasil pegar fogo, sumir do mapa e, quiçá, ir para Miami, nem que seja para limpar os vasos sanitários da gringada malandra e esperta, que está a comprar o Brasil.

O leitor não acredita? Então por que os coxinhas sumiram como somem as baratas (cucaracha) pelos ralos e bueiros? Afinal, se o problema dos coxinhas cucarachas e tresloucados era a corrupção, o desgoverno de *mi-shell temer é um prato cheio para os coxinhas despolitizados e ignorantes sobre a história do Brasil encherem suas barrigas e irem às ruas pelo menos para protestar contra o fim de seus direitos trabalhistas e previdenciários, além de serem "vítimas", que permitiram que os recursos para a saúde e a educação fossem congelados por 20 anos. Não são o fim da picada esses coxinhas totalmente celerados? Comem cocô e acham bom. Mudo de assunto...

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"Venha conhecer pessoalmente os procuradores da Lava Jato em Curitiba e ficar por dentro do que está acontecendo na operação – em primeira mão!! Todo o dinheiro dos ingressos será revertido para a APAE, ajudando uma boa causa. Chame seus amigos de Curitiba. Espero Vocês lá, nesta terça-feira à noite" — alardeou o procurador Deltan Dallagnol.

Os coxinhas do Dallagnol poderão tirar selfies com o astro, que prometeu conceder brindes especiais e doar o dinheiro para as crianças necessitadas do Brasil. Como ele é "bonzinho", se não fosse sua intenção de dar continuidade à sua desditosa e covarde perseguição ao ex-presidente Lula, que, como todo mundo sabe, até hoje não foi apresentada pela força-tarefa qualquer indício de crimes quanto mais provas concretas e robustas.

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Mais de cem pessoas ouvidas pelo MPF e pelo juiz Moro disseram não saber sobre nada que possa incriminar o Lula. Outrossim, políticos que comprovadamente se meteram com corrupção estão livres, leves e soltos, a exemplo de Aécio Neves, que ontem assumiu seu mandato, sendo que o constrangimento no Senado foi total, porque apenas dez senadores dos 81 estavam presentes, bem diferente quando o senador golpista e irresponsável discursou logo após a queda injusta e imoral de Dilma Rousseff.

Deltan Dallagnol não pode e não deve se esquecer que a história existe e seu nome constará nela, de maneira positiva ou negativa, independente de maniqueísmos. O procurador realmente se comporta como uma estrela, ao invés de ser discreto e se ater apenas aos autos dos processos. Vais dizer o quê aos coxinhas, Dallagnol? Que a Lava Jato, a despeito do combate à corrupção, sempre teve como alvo o Lula, porque a intenção é impedi-lo de ser candidato a presidente da República?

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Mesmo a ser o mandatário o líder disparado nas pesquisas, além de nada constar contra ele no que é relativo ao Lula não poder lançar sua candidatura? Seria um grave e grandioso erro político e histórico, inclusive em termos internacionais, no que diz respeito à política e ao mundo jurídico.

Lawfare. Esta é a palavra mágica. Lawfare significa "guerra jurídica", geralmente empreendida por setores de Judiciário e da Justiça contra seus adversários ou inimigos políticos. Trata-se de agentes do Estado a serviço da política e de grupos, que não desejam, a exemplo de Lula, que seus inimigos conquistem o poder.

Por sua vez, Deltan Dallagnol está a ser investigado por ter recebido R$ 219 mil. O "intocável" é objeto de reclamação disciplinar, que foi apresentada ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Geralmente, o corporativismo impera, e o corporativismo é um câncer, pois ele destrói os tecidos do corpo do Estado por dentro.

Contudo, gostaria muito de saber se na apresentação do show o procurador Dallagnol abrirá a boca para dar informações privilegiadas à sua plateia "vip" e "merecedora" de ouvir grandes e especiais segredos. Tomara que o Dallagnol tenha falado (mal) do Lula para que os coxinhas possam se emocionar e em frenesi bater em panelas com as barrigas cheias.

O procurador da Lava Jato não está a ser transparente e muito menos republicano, pois até agora ele não mostrou os nomes de seus clientes que pagam por suas palestras ao público, à OAB. O MPF ainda não se pronunciou. Dois pesos e duas medidas, doutor? É assim? Ah, esqueci, o procurador é tucano, e qualquer tucano pode tudo por ser i-nim-pu-tá-vel! Dallagnol incrementa o circo da Lava Jato de olho em Lula. E "vamu" que "vamu"! É isso aí.

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