Dados comprovam: Brasil é a pior economia do mundo em 2020
"Não adianta culpar a pandemia, que de um modo ou outro afetou e afeta todos os países", afirma o deputado Rogério Correia que critica a política econômica do governo Bolsonaro
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Por Rogério Correia, deputado federal (PT-MG)
O Brasil é a pior economia de 2020. São dados oficiais, não opinião. Temos a moeda que mais perdeu valor no mundo, a bolsa que mais cai em dólares no mundo, a fuga de capitais é recorde, a dívida pública explode e vai mudando de perfil, pois os investidores temem o governo Bolsonaro.
Não adianta culpar a pandemia, que de um modo ou outro afetou e afeta todos os países. A realidade é que, enquanto Jair Bolsonaro minimizava a “gripezinha”, depois culpava os outros pela pandemia e por fim passou a chorar mágoas em público, enquanto isso ocorria várias autoridades mundiais faziam o que precisava ser feito. Aqui, presidente e apoiadores pareciam achar que bastava ganhar curtidas nas redes sociais e os problemas todos se resolveriam...
O resultado está aí: a economia mundial sente os impactos da Covid, é claro; mas o Brasil sofre muito mais do que isso: aqui o caos é iminente, indo do preço incontrolável do arroz na mesa dos brasileiros até chegar aos investidores internacionais, que estão correndo do governo Bolsonaro como o diabo foge da cruz.
Hoje, mais dois indicadores foram divulgados, ambos preocupantes e sinalizadores do caos econômico a que está sendo mergulhado o Brasil mesmo antes da pandemia, graças à política suicida de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, já caiu 42,5% em dólares este ano. É a maior queda em todo o mundo. Em boa medida devido ao fato de que o real é a pior moeda: a divisa brasileira é a pior entre todas no mundo, em relação ao dólar, usado como padrão de referência.
Outro indicador divulgado nesta segunda 5 de outubro: a dívida pública bateu novo recorde em agosto e já chega a 88,8% do PIB. O problema maior nem é este, mas o perfil dessa dívida, que está mudando, indo cada vez mais para papéis de curto prazo (que o país precisará pagar em breve), pois é cada vez menor a confiança dos investidores, externos e internos, na capacidade do governo Bolsonaro.
Um governo, é bom sempre lembrar, que chegou a flertar com o calote de precatórios, segundo assumiu o próprio ministro Paulo Guedes – ele garante que essa ideia já foi engavetada, mas vá lá saber...
Resta-nos o consolo: nunca nos enganaram!
Resta-nos também lutar contra isso. Não vamos dar um minuto de sossego pra essa turma. Sempre na luta!
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