Da 'missa' de Bolsonaro só se sabe um terço
"Fontes que sabem das coisas preveem 'dezenas' de 'rolos' surpreendentes", diz Eduardo Guimarães
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Zero pessoas ficaram surpresas com o enésimo escândalo de Bolsonaro surgido no microscópico tempo que decorreu entre sua 'fuga' para os EUA e seu retorno ao Brasil.
Fraude em seu cartão de vacinação já era previsível após a história de que 'um hacker' havia adulterado o documento, e o envolvimento (ainda) indireto dele no caso Marielle (assessores presos estão envolvidos) tampouco surpreendeu alguém.
Do contrabando e roubo de joias à falsificação de documento oficial, nada surpreende porque o 'modus operandi' do ex-presidente, de suas crias, de seus aliados e de seus apoiadores é a total falta de limites.
Um só mandato pode ser pouco tempo para construir, mas é uma eternidade em termos de malfeitos. Fontes que sabem das coisas preveem 'dezenas' de 'rolos' surpreendentes, ainda.
E cada nova revelação vai estabelecendo conexões com escândalos paralelos.
Tudo reside no método que Bolsonaro usou quando ainda integrava a ativa das Forças Armadas -- o uso de bombas (literais) para obter, na marra, aumento de salário para uma soldadesca problemática.
Prisão não é mais uma dúvida em termos de se concretizar ou não. A dúvida é sobre quando será e se esse é o melhor caminho.
Bolsonaro é só um desastre político com MUITA sorte -- Adélio Bispo que o diga. Como disse Arthur Lira, ele pode ser melhor cabo eleitoral que candidato. Isso, porém, não significa que deixá-lo solto é melhor.
A prisão de Bolsonaro é um imperativo civilizatório. Se ele não for preso, se se der bem após tudo que fez, essa horda de candidatos a ser Bolsonaro vai crescer como massa de bolo.
Note-se que quatro meses após o ex-presidente deixar o cargo, o noticiário só fala dele. E vai continuar falando e as revelações continuarão se avolumando até que o mais imbecil dos brasileiros entenda a dimensão do erro que foi colocar alguém como Jair Messias Bolsonaro no comando de uma nação como esta -- ou como qualquer outra.
A galhofa é inevitável diante da comicidade dessa figura patética e revoltante, mas o sentimento mais adequado sobre ele é a tristeza. O Brasil não merecia...
Ou merecia?
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