Curto-circuito no marketing do golpe

Após meses tentando convencer os brasileiros de que a Petrobrás estava falida por culpa dos governos petistas, agora tropeçam e, como num passe de mágica, deixam escapar a verdade: que a Petrobras é uma das empresas que mais produz hoje no mundo

Um trabalhador pinta um tanque da Petrobras em Brasília. 30/09/2015. REUTERS/Ueslei Marcelino
Um trabalhador pinta um tanque da Petrobras em Brasília. 30/09/2015. REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: Chico Vigilante)


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A canalhice e o cinismo da imprensa golpista não tem limites. Mas às vezes se perdem nas mentiras.

Após meses tentando convencer os brasileiros de que a Petrobrás estava falida por culpa dos governos petistas, agora tropeçam e, como num passe de mágica, deixam escapar a verdade: que a Petrobras é uma das empresas que mais produz hoje no mundo.

Ou seja, ninguém faliu a Petrobras, o que aconteceu é que mentiram o tempo todo por meio de intensa campanha midiática durante o processo de impeachment pra convencer a opinião pública de que a empresa precisava de investimento externo porque havia sido destruída pelo "petrolão".

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Esta é a prova cabal, objetiva e clara do mau caráter dos autores do golpe, feito não mais nos moldes antigos – tortura e morte aos oponentes - mas com um verniz de legalidade numa aliança parlamentar, midiática, jurídica.

Por trás de tudo isso o que pretendem é fazer o país retroceder séculos em suas conquistas sociais, econômicas e de aproximação com nossos irmãos latino americanos.

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Assim agiram para convencer aos incautos, principalmente à classe média alta, que o PT estava destruindo o país e que até mesmo nosso maior símbolo econômico, a Petrobras, não tinha mais condições de continuar explorando nossas riquezas.

Na verdade, o que queriam era abrir caminho para a entrega da Petrobras e do Pré-Sal ao mercado internacional, com o discurso de que não tínhamos capital suficiente para investir na exploração do petróleo brasileiro.

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No entanto, a verdade veio a tona no que parece ter sido um curto circuito no marketing interno do golpe, encabeçado por Serra e sua turma, há muito confesso e assinado em projeto de sua autoria no Senado para a entrega do pré-sal às multinacionais, e também visível em seus desastrosos discursos entreguistas à frente do Itamaraty.

Uma breve pesquisa nos conteúdos liberados pelo Wikileaks vai mostrar que Serra prometeu à multinacional Chevron tirar o monopólio da Petrobras na exploração do petróleo no Brasil.

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Apesar de principal braço do golpe, a mídia comercial brasileira não teve como esconder os informativos da direção da Petrobras com os índices de crescimento contínuo da produção da empresa nos últimos meses.

Vários jornais publicaram informação da diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes, de que a empresa fechou o segundo trimestre com alta de 7,7%, em relação aos três primeiros meses do ano.

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Os investimentos, sobretudo no pré-sal, começaram a amadurecer. Com isso, as ações da companhia, que já dobraram de preço desde o momento mais agudo da crise política, podem subir ainda mais.

Os ganhos acumulados das ações ordinárias da companhia foram de 116,75% desde a mínima do ano, atingida no dia 11 de fevereiro. Somente desde o começo de junho, a alta é de 25,83%.

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O volume de petróleo produzido em junho no Brasil é a terceira maior média mensal já registrada.

Esse crescimento deve-se, principalmente, à entrada de novos poços conectados aos FPSOs Cidade de Maricá e Cidade de Itaguaí, no campo de Lula, nas áreas de Lula Alto e Iracema, respectivamente.

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Segundo a Petrobras, a produção total de petróleo e gás natural, em junho deste ano, foi de 2,90 milhões boed (barris de óleo equivalente por dia), o que representa um recorde mensal, por superar a maior marca do ano passado, alcançada em agosto de 2015, de 2,88 milhões boed; e ter ficado 2% acima do volume produzido em maio de 2016, de 2,83 milhões boed.

Ainda de acordo com o informe da empresa a produção no pré-sal brasileiro em junho aumentou 8% em relação a maio e bateu novo recorde mensal, ao alcançar o volume de 1,24 milhão boed.

E agora, ministro interino? Vai ficar mais difícil entregar a maior empresa brasileira, com produção comprovada e crescimento garantido.

O Congresso nacional e sua maioria entreguista terá que comprar novos estoques de cera para suas caras de pau se quiserem votar a favor de se abdicar de 30% das reservas do Pre-Sal como quer Serra.

Que argumentos usarão para convencer a sociedade brasileira de que a Petrobras deve renunciar a exploração de 90 bilhões de barris de petróleo garantidos?

Ou seja, em qualquer país sério esse crime de lesa pátria, os levaria direto para a cadeia.

A Petrobras e o Brasil devem reservar-se o direito de propriedade, exploração e de conteúdo nacional sobre o pré-sal, porque foram conquistas exclusivamente brasileiras após décadas de pesado esforço tecnológico, político e humano.

Serra e a mídia golpista deveriam sim, como obrigação moral e ética, implorar perdão à opinião pública, por suas mentiras e principalmente por seus objetivos.

A população brasileira e todos aqueles que se sentiram enganados por estes traidores do Brasil deveriam exigir o fechamento de todos os veículos da mídia comercial pelo crime que cometeram contra o país e a democracia, mentindo, ocultando, sendo parciais em suas notícias diariamente sobre todo o processo que culminou no impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

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