Currais eleitorais

"Não surpreende a informação de que igrejas evangélicas estimularam invasores de 8/1", avalia

Manifestantes invadem prédios públicos na praça dos Três Poderes, na foto manifestantes entram em conflito com policiais da forca nacional entre os prédios do Congresso Nacional e Palácio do Planalto
Manifestantes invadem prédios públicos na praça dos Três Poderes, na foto manifestantes entram em conflito com policiais da forca nacional entre os prédios do Congresso Nacional e Palácio do Planalto (Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil)


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   Não surpreende a informação de que igrejas evangélicas estimularam invasores de 8/1. Apenas confirma a coexistência espúria da religião com a política, apesar de o estado ser laico. 

   Igrejas evangélicas representam votos. Formam currais eleitorais. Os pastores mandam os fiéis votarem em quem determinarem. Em contrapartida, as igrejas são protegidas pelos políticos. 

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   Os padres católicos não impõem candidatos aos fiéis. Nem rabinos judeus. Nem muçulmanos. No Brasil, somente os evangélicos atuam dessa maneira. 

   Eles foram trazidos para a política por Fernando Collor de Mello, nas eleições de 1989. E hoje têm até um partido importante, que só não se denomina evangélico porque é proibido.

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   Quem mais usou e abusou do curral evangélico foi, sem dúvida, Jair Bolsonaro. A ponto de escolher um ministro do STF “terrivelmente evangélico”.

   A esse curral, ele somou outro: o dos milicianos. 

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   Diferentemente de outros grupos criminosos, que só se preocupam com lucros milionários e grandes golpes, os milicianos oferecem, também, votos a políticos, em troca de proteção. Muitos votos. Não por acaso recebem homenagens e elogios do clã Bolsonaro. 

   Os evangélicos ameaçam com castigo divino se suas ovelhas não votarem em seus candidatos, os milicianos ameaçam com armas. 

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   Mas ambos formam currais eleitorais que deturpam a disputa por votos, na medida em que impedem, sob coação, a liberdade de escolha do eleitor. 

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