Cuba - A hora e a vez do Brasil
O Brasil é vanguarda e protagonista. A Casa Grande e seus partidos e imprensa de direita são o retrocesso e o atraso
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Realmente, a pequenez intelectual, a mesquinhez no que tange ao mundo dos negócios, o preconceito anacrônico e o provincianismo atávico da Casa Grande — a direita brasileira — a transforma em um anão politicamente estratégico e, consequentemente, em uma manada de caráter colonizado e desprovida de estratagemas próprios, que fortaleça os interesses do Brasil e efetive, de forma definitiva, a total emancipação do povo brasileiro, que há séculos luta para se livrar dos grilhões de quem o oprime e o reprime, que, sem sombra de dúvida, é a "elite" deste País — a que escravizou seres humanos por quase quatrocentos anos.
Disto isto, afirmo ainda que ao ler os jornais e as revistas porta-vozes da Casa Grande provinciana e perversa, que jamais na história organizou e coordenou o desenvolvimento do Brasil, porque sempre se recusou a pensá-lo, por motivo de incompetência e ganância, assombro-me com a tamanha hipocrisia e ausência total de senso crítico quando, em suas manchetes e capas, ajoelham-se pela milionésima vez às decisões dos Estados Unidos, pois bajuladores, capachos e xeleléus, porque se alinham automaticamente, sem vacilar, aos interesses geopolíticos e econômicos do país yankee, a terra adorada pelos coxinhas de classe média e milionários deste País, portadores hereditários do inenarrável e indescritível complexo de vira-latas.
Poder-se-ia dizer que a "elite" brasileira, além de infame, não tem autonomia, porque não pensa o mundo que a rodeia e se preocupa apenas com seus negócios e a dar golpes políticos, quando considera que o mandatário no poder é inimigo de seus interesses, mesmo a saber que nos governos trabalhistas de Lula e Dilma os empresários nunca ganharam tanto dinheiro. Trata-se do preconceito ideológico e da lavagem cerebral que essa gente capenga intelectualmente transforma em "religião", porque ainda não saiu da Guerra Fria, além de saudosista dos idos de 1964, como comprovou, inquestionavelmente, as passeatas e protestos que vociferam pelo impeachment de Dilma Rousseff, presidenta recém-eleita, bem como grupos direitistas pediram, absurdamente, por uma "intervenção" militar, que na verdade é golpe, e de estado.
Não se deve levar os propósitos da direita a sério, a não ser quando ela, sorrateiramente ou às claras, tenta desestabilizar o processo democrático e as instituições republicanas. Dessa forma, o Governo tem de intervir duramente e com o respaldo da Constituição e dos poderes que guardam a Carta Magna. Don contrário, teremos mais uma vez uma direita irresponsável no poder, que sempre governou para poucos, como não deixa dúvidas a nossa história, além de ser, internacionalmente, lambe-botas dos países de almas imperialistas.
De repente, não mais do que de repente, os jornais e as revistas da Casa Grande passam a "amar" Cuba. Tudo bem, se não amam o valente e determinado país caribenho, ao menos tentam ser simpáticos para agradarem, como párias servis, os seus patrões: os Estados Unidos. Evidentemente, creio eu, que setores da direita brasileira, os mais fanáticos, os extremados, estão agora a xingar o presidente estadunidense, Barack Obama.
Acontece que o grande "irmão" do Norte das Américas, como gosta de dizer a "elite" colonizada das bandas tupiniquins, sabe que Cuba é estratégica geopoliticamente, bem como uma referência portuária em termos mundiais, que vai movimentar gigantescos negócios, e os EUA não querem ficar de fora dessa festa, capitaneada pelo Brasil e países asiáticos, a exemplo de China e Cingapura. A verdade dói, mas a política externa brasileira dos últimos 12 anos alavancou negócios e rompeu fronteiras e preconceitos daninhos à inteligência e ao bom senso.
A criação dos Brics e o fortalecimento da Unasul e do Mercosul, além da existência do G-20 são os exemplos mais concretos de um novo mundo, que não fica mais à mercê da "boa vontade" de sistemas econômicos ultrapassados, que apenas visavam a espoliação e a exploração dos países periféricos, em desenvolvimento e subdesenvolvidos, de forma que a maioria das nações batiam palmas para meia dúzia de países desenvolvidos dançar, divertir-se e usufruir das riquezas daqueles que deviam a bancos de pirataria como o FMI, o BID e o Bird, este o Banco Mundial, que atualmente empresta muito menos dinheiro que o BNDES, principal propulsor de financiamento para a construção do Porto de Mariel, em Cuba.
Isto mesmo. O BNDES, do nosso Brasil, além de financiar mais do que o Bird, é o maior responsável pela modernização do Porto de Mariel, com um aporte financeiro de US$ 682 milhões. Tal porto, tão criticado pela tosca direita brasileira, inclusive na campanha presidencial do tucano derrotado, senador Aécio Neves, com apoio, evidentemente, da imprensa de negócios privados deste Pais, que, ao invés de falar um monte de bobagens e mentiras, deveria se preocupar em se desestatizar, porque 70% do dinheiro que entra nessas empresas privadas e desregulamentadas são provenientes do poder público, ou seja, dos governos Federal, estaduais e municipais. A resumir: a imprensa corporativa e familiar é privatista, mas seu dinheiro é público.
Só não dou gargalhadas da burrice ideológica e conservadora dessa gente porque tais grupos políticos e empresariais são entreguistas, perigosos, prejudicam o Brasil e seu povo com suas mentiras, distorções e manipulações quando se trata de disseminar a notícia. Então para mim são criminosos, porque quem mente para o público deveria no mínimo levar um monte de processos nas costas, bem como terem tais processos julgados pelo Judiciário de forma célere, coisa que muitos juízes, acumpliciados com essa imprensa alienígena e de mercado, recusam-se a fazer.
Contudo, a política externa dos mandatários trabalhistas do PT é vitoriosa, como comprova, indubitavelmente, a reforma da infraestrutura logística do Porto de Mariel. Um verdadeiro golaço! Queiram ou não queiram os lorpas e pascácios, bem como os que juraram fidelidade à burrice eterna. O montante investido no porto é de US$ 1 bilhão. Cuba se responsabiliza com US$ 318 milhões. Em contrapartida, o Brasil garantiu que os cubanos invistam US$ 802 milhões com a compra de bens e serviços, o que significa a garantia de 150 mil empregos no Brasil, além de beneficiar diretamente 400 empresas brasileiras. E por quê? Porque rezam os contratos que as necessidades materiais e logísticas do porto cubano sejam fabricadas pela Indústria brasileira. Ponto!
Mesmo assim, e a mentir, a direita brasileira, por intermédio do PSDB, DEM e a imprensa familiar, à frente seus áulicos da desventura e desesperança travestidos de jornalistas passaram a falar mal do Porto de Mariel recorrentemente, com inspiração na Guerra Fria. Seria cômico se não fosse trágico e ridículo. Simplesmente começaram a mentir e levaram suas sandices e idiotices para o horário eleitoral, até que, como uma bomba no meio de suas burrices e noção qualquer de estratégias geopolíticas e econômicas, o presidente Barack Obama resolve reatar os laços comerciais e, obviamente, políticos com Cuba.
E lá vai, mais uma vez, a imprensa meramente comercial e devoradora de dinheiro público editar um jornalismo rastaquera e mequetrefe, que representa muito bem a sua "cara e caráter". Bajulador da gringada poderosa, tal sistema midiático, que ainda não foi regulado e por isso mente e distorce os fatos e as realidades sem ser punido, arvora-se agora de grande arauto da objetividade e pragmatismo político e econômico, quando, na verdade, sempre foi cúmplice e algoz do bloqueio comercial a Cuba, um dos maiores crimes contra a humanidade e que ora, ao que parece, está a ser desconstruído.
Hipócrita, no mínimo, a imprensa burguesa de verve e alma criminosa o é. A política de relações externas do Itamaraty nos últimos 12 anos é democrática, desenvolvimentista e tem por finalidade a integração entre os países, de maneira que as trocas comerciais e de serviços beneficiem os povos e sirvam de mola propulsora de seus desenvolvimentos, fatores esses que nunca interessaram aos inquilinos da Casa Grande e de sua imprensa venal e apátrida.
O Brasil é, sim, o principal protagonista da integração da América Latina e das conversações diplomáticas Sul-Sul em termos hemisféricos, além de abrir novas fronteiras no Oriente Médio, no Leste Europeu e, sobretudo, na Eurásia, quando se trata de Índia, China e a Rússia. Afinal, estão aí os Brics, sendo que o "S", em Inglês, representa a África do Sul. A política externa brasileira é um sucesso, e luta por um "capitalismo social", digamos, menos selvagem, mais brando e que propicie não apenas lucros aos inquilinos da Casa Grande em âmbito mundial, mas, sobretudo, permita o acesso das camadas pobres, as chamadas de populares, ao consumo, aos serviços públicos de boa qualidade, à moradia e ao saneamento básico.
A verdade é que os governos trabalhistas do PT querem um País de classe média, e a direita, indisfarçadamente, não quer e nunca quis. Esta é a questão primordial e de fundo político. E por quê? Porque não se resolve nada, de forma democrática e conciliada, fora do círculo da política. A ausência dela significa guerra ou ditadura. Barack Obama percebeu que o Brasil tomou a frente da política externa na América Latina e de outras terras deste mundo. Os Estados Unidos sabem disso e querem participar. O Brasil é vanguarda e protagonista. A Casa Grande e seus partidos e a imprensa de direita são o retrocesso e o atraso. Afinal, eles são escravocratas. Cuba é a hora e a vez do Brasil. É isso aí.
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