Crueldade sem limites

"Eu quase-quase digo que estamos vendo, neste tremendo fim de ano, um retrato perfeito do que foi o 2021", diz Eric Nepomuceno, do Jornalistas pela Democracia

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Instagram/Cidade de Ilhéus)


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Eric Nepomuceno, do Jornalistas pela Democracia

Eu quase-quase digo que estamos vendo, neste tremendo fim de ano, um retrato perfeito do que foi o 2021 que está chegando ao fim e o que poderemos esperar do que vem daqui a pouquíssimo.

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Acontece que faltam ainda três dias para o 31 de dezembro, e a capacidade insuperável de Jair Messias dar mostras concretas de sua boçalidade criminosa pode ainda trazer novas surpresas.

A Bahia está padecendo os horrores de enchentes que já deixaram desalojadas ou desabrigadas pelo menos 470 mil pessoas em mais de cem cidades. Os mortos chegam a 20, e pode morrer mais gente. 

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E o que faz Jair Messias? Vai para a praia. 

Seria de uma irresponsabilidade ridícula e absurda se não fosse também uma claríssima demonstração de sua crueldade.

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Repito: são 470 mil pessoas que tiveram de sair de casa ou que perderam absolutamente tudo, a começar justamente pela própria casa.

Há cidades brasileiras com população semelhante. É como se São José do Rio Preto, no estado de São Paulo, Betim, em Minas Gerais, ou São João do Meriti, no Rio, tivessem de repente sua população inteira ao relento.

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E o psicopata que preside este pobre país está lá, todo pimpão, andando de jet sky, avisando que não vai de jeito nenhum vacinar a filhota de 11 anos, juntando seguidores histéricos em chiqueirinhos, alheio à tragédia que desabou sobre a Bahia. 

Diz que mandou para a lá dois ministros. E virou as costas rumo a um descanso necessário: afinal, vagabundagem também cansa, e é isso que ele fez a cada dia de cada semana de cada mês deste ano abominável. 

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Ora, ministros deste governo são exatamente como o presidente: nenhum deles vale absolutamente nada. Basta ver o sabujo Queiroga, brilhante aprendiz de genocida. 

Será que os que foram despachados para a Bahia vão saber quais as providenciais imediatas e urgentes devem ser tomadas? Terão autonomia para isso, ou repetirão a submissão grotesca de um desvairado Paulo Guedes?

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Ministros deste governo servem, isso sim, para que Jair Messias continue sua minuciosa e exaustiva tarefa de destroçar o país e tudo que nele existe e foi erguido ao longo de décadas.

Faltou ao ocupante do Palácio do Planalto um mínimo se sensibilidade para perceber que, ao não querer prestar solidariedade ao povo de um estado governado pelo PT, seu gesto causaria impacto Brasil afora. 

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Na Bahia, então, nem pensar. E esse impacto se traduzirá em mais e mais rejeição à sua grotesca figura, justamente às vésperas do ano que começa daqui a três dias. Ano eleitoral. 

Nem que fosse por isso, por puro interesse, teria valido um gesto, uma mensagem de apoio, por mais falsidade e hipocrisia que tivesse.

Leio alguns colunistas criticando a negação de Jair Messias em adotar uma postura minimamente humanitária.

Ora, ele nem sabe o que é isso. Só pensa em eleição, em proteger o quarteto de filhotes envolvidos em tudo que é tipo de falcatrua, em adular a massa cada vez menor de seguidores fanáticos, em assegurar votos para continuar – seja no lugar que for – a contar com a imunidade que garante a sua ainda existente impunidade.

Sua atitude neste fim de ano seria canalhice pura se não fosse algo mais: é amostra palpável do seu grau de crueldade, de perversão. 

Se fosse um ser normal, minimamente equilibrado, Jair Messias, enquanto descansa da vagabundagem, devia pensar nas consequências dessa demonstração de desprezo que acaba de fazer.

Mas para ele tudo isso faz parte do jogo. Um jogo, aliás, que está cada vez mais próximo de levar sua figura para o fundo do poço sem fundo. Só que ele não percebe isso: continua no desvario de sempre.

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