Crivella inovou e criou uma espécie de polícia de costumes
Colunista Leandro Fortes, do Jornalista pela Democracia, afirma que o prefeito do Rio, pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, "inovou, à moda da teocracia iraniana", ao vasculhar “conteúdos impróprios” nos estandes da Bienal do Livro, tudo em defesa da "família". "Essa família, como a de Deltan Dallagnol, que, aos domingos, em frente à macarronada, diverte-se fazendo comentários doentios sobre a morte de outros seres humanos, ainda que um deles seja uma criança de 7 anos de idade", lembra Fortes
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Por Leandro Fortes, do Jornalistas pela Democracia - No rastro das pequenas tragédias diárias decorrentes da inflexão obscurantista comandada por Jair Bolsonaro, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, inovou, à moda da teocracia iraniana: criou uma espécie de polícia de costumes para vasculhar “conteúdos impróprios” nos estandes da Bienal do Livro.
O alvo de Crivella era uma obra em quadrinhos na qual, a certa altura, aparecia a ilustração de dois rapazes se beijando. Crivella, como toda essa malta de cretinos que reverenciam o mito, vê pornografia em qualquer comportamento que não se encaixe nas regras talibânicas seguidas pela doutrina neopentecostal que está na origem de todas as desgraças, atualmente, do Brasil.
Bozo, em uma dessas declarações estúpidas que ele regurgita daquela boquinha podre, disse que família é homem e mulher, “o resto é lixo”. Não se trata apenas de um conceito idiota, logo, passível de contra argumentação. É uma senha para manter a tropa bolsomínica ativa, dentro e fora das redes sociais. E, claro, dar garantias a ações como essa, do prefeito Crivella.
Porque a estupidez do alcaide carioca está ancorada na mesma narrativa familiar. Ou seja, não é um ato de censura nem uma ação obscurantista, ditatorial. É defesa da família, da família tradicional, homem e mulher.
Essa família, como a de Deltan Dallagnol, que, aos domingos, em frente à macarronada, diverte-se fazendo comentários doentios sobre a morte de outros seres humanos, ainda que um deles seja uma criança de 7 anos de idade.
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