Crimes de guerra e tribunais internacionais
O mundo silencia, a liberdade se apequena, cada vez mais o planeta se tornou arriscado e comprometedor das liberdades
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A impressionante revolução tecnológica vivida durante o recente século XXI não poderia ser concebida sem a globalização e os desguarnecidos direitos humanos.
Com o acúmulo de capital e a pulverização da classe média, ficou cada vez mais evidente que as corporações dominaram e sequestraram a vontade do próprio Estado, conforme revela Fergusson em recente trabalho.
Esse sequestro d´alma do Estado é um reflexo da crise entre EUA e Rússia, ambos responsáveis pelos lamentáveis, trágicos e inqualificáveis crimes de guerra assistidos urbe et orbe.
A causa palestina, conduzida de forma equivocada, sempre encontra uma barreira e um forte tropeço. As mortes de civis não têm qualquer justificativa, inclusive tirando vidas dentro de hospitais, de forma abominável.
O mesmo se diga com o terrível acidente que derrubou o jato da companhia malasiana, matando quase 300 pessoas.
O braço de ferro entre as superpotências somente demonstra o vazio jurídico e a falta de influência dos organismos internacionais.
Serão os responsáveis julgados e punidos pela Corte Internacional, o Tribunal de Haia? Estamos distantes dessa realidade, mas não podemos nos afastar de seu enquadramento nos fatos narrados.
De um lado o esmagamento brutal de palestinos, desfocando o caminho da paz e semeando o ódio e os gritos de milhares de pessoas nas capitais de Paris, Londres, Berlim, doutro, a beligerância russa, com mão indevida na Criméia e a disputa na Ucrânia, todos esses acontecimentos deixam manchas e nesgas na evolução da humanidade.
E pensar que, com os meios de comunicação modernos, teríamos mais campo para a reconstrução da paz, ao contrário, esse belicismo é fruto de equipamentos avançados que colocam as grandes potências numa posição de constante guerra.
Ao presidente Obama caberia fazer o imediato cessar fogo, já que não mais se respeita a decisão da cúpula internacional pedindo o recuo das agressões.
De modo semelhante, Putin não mostra esforço ou revela decisão para terminar a sangrenta guerra, inspirado na conquista de mais território.
A reunificação da Alemanha e os novos países independentes tornaram a grande União Soviética mais dependente economicamente, tanto assim que espalha seu relacionamento para o fortalecimento dos BRICS e a criação de um fundo soberano.
De qualquer sorte, o que temos de concreto é uma crise internacional bipolar, tanto americanos como russos estão cegos à Lei e não respeitam aos direitos humanos, embora tragam discursos contrários e se vangloriem das liberdades e melhorias das condições de vida.
O que acontece no território Palestino é um violento crime de guerra, igual ao que derrubou um avião comercial, em plena rota, levando centenas de pesquisadores e número similar de crianças.
O mundo silencia, a liberdade se apequena, cada vez mais o planeta se tornou arriscado e comprometedor das liberdades.
O Tribunal Penal Internacional se encorajará para investigar e punir severa e fundamentadamente todos os responsáveis? É o que todos desejam, aquilo que aguardamos e objetivamos para demonstrar que existem legislações sendo desrespeitadas e nada, absolutamente nada, explica ou justifica uma barbárie de tal dimensão no Oriente Médio ou a explosão em pleno voo de um avião de nação estrangeira.
A omissão tanto mais grave levará às consequências mais degradantes, no sentido de que vivemos num mundo despovoado de leis e tratados internacionais, já que os mais fortes dominam e os mais fracos, com juízo ou sem ele, devem obediência.
Ambos os casos, fortificados em acontecimentos recentes, estratificam o pensamento inevitável de verdadeiros crimes de guerra praticados em nome da defesa de um povo ou território, ou na sua conquista.
O controle dos armamentos militares é fundamental, não só se exige o desarmamento daqueles que possuem material para fabricar bombas atômicas, mas de todos os demais que não sabem fazer uso, desse comércio irregular e fraudulento.
Enquanto a Corte de Haia não se pronuncia e impor pesadas sanções aos fatos extremamente graves, a humanidade será refém, por prazo indeterminado, das barbáries e dos impressionantes leques de ações que relembram o trágico desaparecimento do direito como poder normativo regulador do tempo globalizado.
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