“Crescimento” de 0,2% baseado exclusivamente no consumo de famílias esconde processo brutal de concentração de renda
Mesmo assim, a imprensa divulga o “crescimento” sem adversativos. Não tem mais “PIB cresce mas…”. A relação orgânica entre imprensa e o novo regime neoliberal instalado pelo golpe se revela nesses momentos
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Do Cafezinho
O crescimento do PIB no segundo trimestre do ano foi de 0.2%, um valor absolutamente medíocre e instável, sobretudo porque baseado exclusivamente no consumo das famílias, que cresceu modestos 1,4%. Indústria, investimentos, consumo do governo caíram. A agricultura ficou no zero.
Mesmo assim, a imprensa divulga o “crescimento” sem adversativos. Não tem mais “PIB cresce mas…”
A relação orgânica entre imprensa e o novo regime neoliberal instalado pelo golpe se revela nesses momentos.
Os números também servem de lição: se o Brasil quiser crescer de verdade, precisa apostar no consumo interno. É o único fator que, contra tudo e contra todos, resiste bravamente à política de caos e destruição promovida por governo e mídia.
Seria interessante, porém, estudar esses números a fundo, porque eles estão escondendo um processo brutal de concentração de renda, com poucas famílias mais ricas consumindo mais e a maioria consumindo menos, até porque o desemprego atinge de maneira muito mais dura as faixas sociais mais humildes e as regiões geográficas mais pobres do país.
É emblemático de um Estado historicamente sem preocupação com a questão da desigualdade, onde seu Banco Central aumenta ou reduz juros sem levar em conta o impacto no emprego, que o IBGE não acompanhe de perto, ou pelo menos não divulgue de maneira mais explícita, a evolução das taxas de concentração de renda.
O gráfico acima, com a evolução dos investimentos, é um raio-x de como o golpe foi construído. Logo no início da nova gestão de Dilma, a economia foi deliberadamente paralisada pela Lava Jato, de um lado, e por Eduardo Cunha, de outro, ambos chancelados e apoiados pela Globo e seus satélites na mídia.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247