CPMF: um imposto que pode salvar vidas

A CPMF, pense bem (ou pense melhor), é um imposto mais justo, que pune os especuladores financeiros e os sonegadores – uma vez que está prevista uma faixa de isenção que deixará os mais pobres de fora dessa fatura

A CPMF, pense bem (ou pense melhor), é um imposto mais justo, que pune os especuladores financeiros e os sonegadores – uma vez que está prevista uma faixa de isenção que deixará os mais pobres de fora dessa fatura
A CPMF, pense bem (ou pense melhor), é um imposto mais justo, que pune os especuladores financeiros e os sonegadores – uma vez que está prevista uma faixa de isenção que deixará os mais pobres de fora dessa fatura (Foto: Lula Miranda)


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Como já disse aqui: eu não gosto de imposto; você, certamente, também não gosta de imposto; nós não gostamos de imposto.

Mas o imposto é necessário para financiar o Estado.

Empresários não gostam de impostos – embora não paguem. Pois quem paga os impostos embutidos nos preços dos produtos e serviços somos nós, consumidores, quando compramos esses produtos e/ou serviços. Os impostos que os empresários deveriam pagar, estes eles sonegam, em geral.

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Tem gente que prefere um Estado mínimo e privatizado.

Ou seja: tem gente que quer um Estado de joelhos, a serviço de interesses privados.

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Se você não faz parte dessa turma, peço-lhe então que preste atenção em algumas manchetes que estamparam os jornais nesses últimos dias de fim de ano:

“Crise financeira no Rio leva caos à saúde do estado”.

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“Arrecadação do governo é a mais baixa desde 2010”.

“Governadores reivindicam alívio imediato das dívidas”.

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Você já parou para pensar quantas pessoas estão morrendo diariamente por causa desse estado de coisas?

Você pode, perfeitamente, dar de ombros e fazer de conta que nada disso está acontecendo. Afinal, você pode pagar um médico particular ou tem um bom convênio médico pago pela empresa para a qual trabalha.

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É, se esse for o seu caso você pode mesmo estar se lixando para a situação do governo federal, dos estados e municípios, no tocante a arrecadação, e, por consequência, no que diz respeito aos serviços públicos prestados por esses entes da federação.  

Porém, meu prezado, se você depende desses serviços, e está ciente que o país passa por uma crise econômica (e que, por isso, o Estado arrecada pouco), é aconselhável que comece a cogitar a possibilidade de defender teses e apoiar políticas que visam o aperfeiçoamento e a melhoria na arrecadação de impostos.

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A CPMF, pense bem (ou pense melhor), é um imposto mais justo, que pune os especuladores financeiros e os sonegadores – uma vez que está prevista uma faixa de isenção que deixará os mais pobres de fora dessa fatura.

Outro imposto bem justo e legal (em todos os sentidos) é aquele que incide sobre as faixas de alta renda [acima de R$50 mil]. O Partido dos Trabalhadores já sugeriu uma alíquota de IR de 40% para aqueles que ganham acima de R$100mil – para mim, um teto muito alto. Mas... Eu não sou tributarista. Não tenho elementos para contestar.

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Desculpe-me se insisto nesse tema antipático, é que não vejo sentido em deixar a população brasileira sofrer com esse Estado de penúria, tão somente por causa de uma dificuldade de arrecadação em face da crise econômica ou porque alguns empresários espertalhões e alguns reacionários “endinheirados” querem engordar as suas contas na Suíça, à custa da sonegação de impostos e do sofrimento da população mais pobre.

A gente tem a obrigação cidadã de zelar e de se preocupar com a manutenção e preservação de um serviço universal de saúde ou de um Sistema Único de Saúde, o nosso SUS – mas assim com maiúsculas, como queria o saudoso Adib Jatene.

Desejo um Feliz 2016 para todos nós. Com um Estado mais forte, que tenha condições de prestar um serviço de qualidade à população.

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