CPI não consegue parar Bolsonaro
"A CPI, apesar de ter apresentado denúncias contundentes, não está conseguindo parar Bolsonaro, nem interromper a farra da cloroquina que continua enriquecendo laboratórios e empobrecendo o Brasil", diz o jornalista Alex Solnik
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
Os Estados Unidos romperam, ontem, a marca de 600 mil mortos por covid 19. Em 113 dias saltaram de 500 mil para 600 mil. De 400 mil para 500 mil levou apenas 35 dias. Continuam liderando o ranking mundial. Mas os números, permanecendo como estão, indicam que o Brasil deverá assumir a liderança em breve, provavelmente nos próximos três meses.
Ontem foram 2997 mortes no Brasil. Faltam 6307 para 500 mil. Nada indica perspectiva de queda. Bolsonaro continua liderando a campanha a favor do vírus. Continua indicando cloroquina. Continua em guerra com isolamento e com máscara.
A oferta de vacinas, segundo o ministro Queiroga, vai aumentar no segundo semestre. Ou seja, a vacinação continuará a andar a passos de cágado nos próximos meses. Sem vacina suficiente e sem campanhas oficiais contra aglomeração e a favor de máscaras e higiene, não há sinais de que haverá menos de 2000 mortes por dia. Sessenta mil por mês.
Daqui a dois meses, ainda que haja 1000 mortes por dia nos EUA, eles somarão 60 mil; no Brasil, 120 mil. 660 mil a 620 mil. Mais um mês e o Brasil vai ultrapassar os Estados Unidos.
Esses números vieram à minha cabeça enquanto eu pensava que a CPI, apesar de ter apresentado denúncias contundentes, não está conseguindo parar Bolsonaro, nem interromper a farra da cloroquina que continua enriquecendo laboratórios e empobrecendo o Brasil.
(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247