CPI freia privatização do SUS

(Foto: Reuters | Agência Brasil)


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O desmascaramento do empresário Luciano Hang como agente privado do bolsonarismo para acelerar privatização do SUS em plena pandemia do novo coronavírus, que já matou perto de 600 mil vidas, pode ser considerado o maior fato político criado pela CPI da Covid; ficou claro o papel de ligação de Hang como intermediário na negociação dos medicamentos artificiais para falsificar combate ao vírus no lugar de vacinas; esse procedimento, por sua vez, foi reforçado pela propaganda fakenews nas redes sociais dos empresários, em especial, na de Hang, para espalhar mentiras desmoralizadas sobre eficácia dos chamados preventivos como cloroquina, invermectina etc; à custa de muita divulgação falsa, conscientizou-se o gado bolsonarista para repetir mentira até ela virar verdade, à moda nazifascista. A anulação política do SUS impossibilitou divulgação da verdade científica de modo a favorecer interesses privados fabricantes dos remédios antivirus sem comprovação científica; o SUS virou mero intermediário de negócios entre o governo e laboratórios farmacêuticos; nesse papel, Hang multiplicou seu patrimônio e se preparava para dar o bote na preparação final da privatização do sistema público de saúde.

NEGOCIATAS SEM FIM

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Igualmente, ficou demonstrado, com provas convincentes, a ação criminosa da Prevent Senior, na tarefa de alterar de ocultar verdades; o próprio Hang alterou no prontuário de sua mãe a causa mortis dada pela Covid; inventou outra causa mortis da velha; fez isso para puxar saco de Bolsonaro no esforço de falsificar número de mortes pelo vírus; a CPI, portanto, demonstrou a eficiência dos empresários e suas empresas em modelar e impulsionar indústria de mortes, chancelando o genocídio bolsonarista; essa combinação de interesses privados, pautados pela visão de uma medicina, meramente, mercantil, em que o objetivo é alcançar maior número de clientes para vender planos privados de saúde, minando o sistema público, SUS, acelerou com a emergência da Covid; não prevaleceu a análise ingênua segundo a qual a pandemia fortaleceria o sistema público de saúde; ao contrário, iniciou-se, nesse período, o mais duro ataque ao SUS pelos setores privados, a partir do comando político do Ministério da Saúde, dominado pelos empresários da linha Hang, aliados do gabinete paralelo de saúde, onde as negociatas, segundo a CPI, eram realizadas; 

ESTADO TANÁTICO

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Exemplo macrabro da Prevent Senior revelou a unidade entre Palácio do Planalto, gabinete paralelo da Saúde, composto de representantes privados associados à Federação Brasileira de Medicina, etc para ditar procedimentos hospitalares subordinados às empresas privadas; primeiro, o esquema funcionou com a negação da vacina para desovar medicamentos sem serventia para combater a covid; depois, acelerou-se com tentativas de assalto aos cofres públicos com a compra de vacinas por meio de combinações de interesses públicos e privados que fugiram da órbita de controle da Anvisa; a CPI desnudou toda a trama, culminando, hoje, com a desmoralização do empresário Hang, que estimulava a disseminação do virus pregando imunização de rebanho, tal como Bolsonaro, seu professor em negacionismo perverso; as inaugurações das suas lojas - 130 em todo o país - transformaram-se em fontes de aglomeração que aceleraram disseminação virótica; essa, por sua vez, representa oportunidade de negócios para comercialização de medicamentos sem efeitos para combater coronavírus, muito menos suas variáveis mais potentes, no compasso da disseminação da doença; a trama deixou evidente ares de banditismo, formação de quadrilhas, genocídios, economia subterrânea de saúde, para dar velocidade ao fim do sistema público de saúde, de modo a instalar supremacia do setor privado; o relatóriio final da CPI da Covid mostrará a extensão do crime e a necessidade de nova política de saúde, no país, que promete balançar as eleições em 2022.

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