CPI da Cloroquina já. Por que o medo?
"A proposta de CPI se faz necessária porque o governo gastou muito dinheiro e tempo para algo que desde antes já era contestado pela comunidade científica em todo o mundo", defende o deputado Rogério Correia (PT-MG), autor do pedido na Câmara
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Há cinco meses existe protocolado na Câmara um pedido de CPI para investigar a produção em massa de cloroquina para “combater” a covid, levada a cabo pelo governo Bolsonaro. De minha autoria, a proposta de CPI se faz necessária porque o governo gastou muito dinheiro e tempo para algo que desde antes já era contestado pela comunidade científica em todo o mundo.
A novidade sobre o tema vem de um depoimento do general André Luiz Silveira, comandante da 1ª Região Militar, no Rio. Coube a ele as explicações ao Tribunal de Contas da União sobre as razões do investimento do governo em um medicamento duvidoso (ou nem isso, já que sua ineficácia já era comprovada) e por um preço em dólar 77% superior ao adquirido pelo laboratório do Exército em 2019.
O general afirmou ao TCU que os preços eram os “de mercado” na época. Não convenceu.
Precisamos investigar a fundo por que Bolsonaro autorizou, ou até determinou, um gasto tão grande em algo inútil.
Mesmo com a produção em massa da cloroquina, o Brasil continua infelizmente entre os líderes em mortes por coronavírus.
Enquanto isso, na França, o guru dos “médicos” adeptos da cloroquina, Didier Raoult, foi na semana passada processado pela ordem dos médicos. Acusação: charlatanismo.
No Brasil, provavelmente seria ídolo dos bolsonaristas...
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