Covardia múltipla institucional
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Remédios charlatanescos não curam nem disenteria, para não usar termo escatológico que defina o comportamento fugidio de generais do governo. Milicos à parte, o grande problema nacional possui nome e sobrenome conhecidos e ocupa o Palácio do Planalto, que se escuda na caquistocracia vigente, o governo dos mais incapazes.
O professor e filósofo Roberto Romano em artigo recente para o Estadão usou de sábias palavras que apontavam para a necessidade de uma refundação do Estado brasileiro, federativo, tamanha foi a destruição causada pelo néscio que ocupa aquele palácio. Foi emblemático analisar o período da presença de reis europeus no Brasil no dia em que se lembrou a Revolução dos Cravos portuguesa (25 de abril). É pela indignação que deveria acontecer a retomada da democracia de fato no país e, por isso, meu personagem “Tunéscio”, que nada vê e em tudo acredita, está muito preocupado.
Se por covardia ou leniência, porém, nossa cultura da impunidade segue firme e forte. A resposta à pergunta ‘se deixaremos esse ogro que ocupa a presidência do país impune’ deveria ser não!, mas o histórico de crimes impunes praticados por ele mostra que não será defenestrado daquela cadeira tão facilmente.
Mais uma vez o desgoverno federal não será criminalizado na condução da pandemia por excesso de provas. A revelação da planilha com os 23 crimes cometidos de forma continuada e múltipla é parte da estratégia com que o ogro se esquiva da mais de centena de pedidos de impeachment: a compra do Parlamento. São apenas faturas a pagar com nosso dinheiro. Lembremos que tanto o Parlamento quanto o Exército se acovardaram para lhe dar a devida punição.
A economia também não mais o aguenta, mesmo que parte significativa seja baseada no agronegócio, dependente de exportações que até pode se beneficiar no curto prazo de um dólar alto, mas que também depende de insumos importados. O impacto negativo prevalece, como abordado nas avaliações de alto risco com o dólar no patamar em que está. Na mesma direção, o setor sabe das pressões internacionais para o resgate da posição que o Brasil tinha como protagonista na preservação ambiental e no caminho em direção à sustentabilidade.
Por fim, queremos, mas nem temos condições de expressar a força da opinião pública para defender um ponto vulnerável dos mais fundamentais, que é a preservação da democracia, conquistada com muito sangue e lágrimas, mas desprezada em alto e bom tom pelo néscio que aí está. Talvez se ele e seus covardes asseclas pisarem na bola com a milícia haja mais sucesso em uma solução de curto prazo.
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