Coutinho 90 anos
Os 90 anos de Eduardo Coutinho estão sendo amplamente comemorados em várias instituições. Veja como será no MAM-Rio
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Os 90 anos de Eduardo Coutinho estão sendo amplamente comemorados em várias instituições e lembrados por seus colaboradores, amigos e admiradores. Publico abaixo a chamada de Kamilla Medeiros, curadora junto com Ruy Gardiner do evento que acontecerá ao longo do ano, a partir de hoje, 9 de maio, na Cinemateca do MAM-Rio e nos seus canais online.
"No dia 11 de maio de 2023, Eduardo Coutinho completaria seus 90 anos se estivesse conosco. Morto há quase uma década, no dia 2 de fevereiro de 2014, estamos à beira do seu centenário, cujas mais de cinco décadas foram dedicadas ao cinema. Sua obra persiste e sugere novas perspectivas ao passo que o tempo corre, apesar de ser costumeiro ouvir entre os corredores acadêmicos e cinéfilos que não há mais nada a ser dito sobre os seus filmes. Livros e livros escritos, artigos de toda sorte, documentários sobre ele lançados aqui e acolá, entrevistas muitas. Seria chover no molhado.
Ledo engano.
Pode-se dizer que há muito ainda o que debater a partir de sua filmografia, inclusive de sua fase como roteirista e diretor de ficção, da época como funcionário do Globo Repórter a visitar o Nordeste à procura de Elizabeth Teixeira, de suas andanças pelo cinema social quando esteve no Cecip e por onde quer que ele tenha passado entre os anos de 1980 e 1990, cujos trabalhos ele próprio não se inclinava tanto a citar em público.
Como o Lado A e o Lado B de um disco de vinil, a obra de Coutinho possui uma parte mais conhecida, entre muitas aspas “mainstream”, e uma outra que, muitas vezes, passa despercebida até para os admiradores mais atentos, a exemplo de seus grandes sucessos como Cabra marcado para morrer, Edifício Master, Jogo de Cena versus as “faixas menos tocadas do álbum” como O homem que comprou o mundo, Faustão, O pistoleiro de Serra Talhada, enfim. Uma mostra interessada em acompanhar o caminho errático que o nosso diretor percorreu em seu tempo nesta terra. Para acompanhar a nossa programação nos próximos meses, acesse este link.
Kamilla Medeiros
PROGRAMAÇÃO DE MAIO
Abrindo a mostra, no dia 9 de maio (terça) haverá a exibição de duas obras de períodos distintos: Theodorico, imperador do sertão (1978), um clássico da época em que Coutinho trabalhou no Globo Repórter, onde começou a trilhar de fato a vida de documentarista; e de Boca de lixo (1992), outro trabalho de peso do cineasta que marca bem a construção de seu método.
TER 9 MAI 18h30 (Presencial)*
Auditório Cosme Alves Netto (Av. Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo, Rio de Janeiro)
Eduardo Coutinho 90 Anos. Theodorico, imperador do sertão, de Eduardo Coutinho. Brasil, 1978. Documentário. 49’. + Boca de lixo, de Eduardo Coutinho. Brasil, 1993. Documentário. 50’. Exibição em .mp4 (H264). Classificação indicativa 12 anos.
Debate com André Parente e Ruy Gardnier.
QUI 11 MAI 20h (Transmissão ao vivo no YouTube e Facebook do MAM Rio)*
Links: www.youtube.com/@MAMRio e www.facebook.com/museudeartemodernarj
Eduardo Coutinho 90 anos – Conversa com Pedro Coutinho, Eduardo Escorel, Carlos Alberto Mattos e Kamilla Medeiros. Mediação: Ruy Gardnier.
No Instituto Moreira Salles de São Paulo estão sendo exibidos quatro filmes do diretor: Edifício Master, Peões, O fim e o princípio e Jogo de cena. Leiam o texto de João Moreira Salles sobre os supostos futuros filmes de Coutinho.
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