Cotas? Apenas um acerto de contas histórico
A História demonstra que uma maioria branca ocupa os melhores bancos em se tratando de escolarização
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Toda política forjada nos bastidores da Educação brasileira sempre oprimiu o povo. Desde os primórdios; com o advento da catequese, com os “bem intencionados” jesuítas, até a Reforma Pombalina, com suas aulas régias para uma minoria e chegando até a revolucionária LDB ou LEI DARCY RIBEIRO, pós-ditadura militar.
A LDB grifa em seu Título III (DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL) artigo 3º, inciso III que há liberdade para que haja remédios que devam ser utilizados para um atendimento particular aos clientes/alunos: O pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas significa que o espaço escolar e o ensino nele ministrado devem ser dinamizados a partir do conceito de heterogeneidade cultural: Mais do que isto: A partir do eixo igualdade/alteridade – A lei de diretrizes e bases da Educação - ainda vigente; dá um respaldo (lei complementar) aos discentes e docentes.
Lei que nasce das mãos de Darcy Ribeiro, no de 1996. E traz em seu bojo a preocupação com o aluno no que tange a sua cidadania; e a preocupação de Ensino Médio voltado para a preparação para o trabalho, porém, com foco na apropriação de conhecimentos para seu uso-fruto, e não como um fermento que fará crescer o bolo da preparação técnica que alimenta o sistema voraz.
A História demonstra que uma maioria branca ocupa os melhores bancos em se tratando de escolarização; os números atuais gritam que: 70,7% de brancos estão cursando o Ensino médio, 55,3 % de pardos, e 55,5 % de negros – Isso entre 15 e 17 anos, ou seja, o índice de alunos brancos com etapa adequada à idade supera em mais de 20 por cento os alunos pardos e negros; tais dados são do ano de 2018, e comprovam que no quesito acima citado, assim também como em outros; existe discriminação de negros e pardos durante seu processo de escolarização básica. São fatores que vão desde a taxa de analfabetismo até o aprendizado de disciplinas como português e matemática, onde figura o elemento negro e pardo com um déficit em relação ao elemento branco: Através de dados comprovados pelo IBGE e outros Institutos de pesquisa.
E nascem as políticas de cotas:
No Brasil, o sistema de cotas tornou-se conhecido em meados dos anos 2000, inicialmente pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que foi a primeira universidade do país a criar tal sistema, em vestibulares para cursos de graduação por meio de uma lei estadual que estabelecia 50% das vagas do processo seletivo para alunos egressos de escolas públicas cariocas; depois em 2004, a UNB segue seus passos.
E o governo do PT, na pele do presidente Lula, deu continuidade ao projeto, durante os mandatos tanto dele, como da presidenta Dilma; com outras modalidades surgidas, relativas também ao gênero ou a condição econômica, e assim certa justiça histórica estaria sendo feita.
E atualmente, na sombra de um desgoverno, ou melhor dizendo, sob a penumbra de um holocausto em curso, a justa política de cotas corre o risco de fenecer e com isso lançar a senzala milhares de futuros: Médicos, professores, atores, enfermeiros, engenheiros, advogados e etc. Pela simples razão: Maior e menor concentração da proteína melanina na pele humana.
#LULALIVRE
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