Cortesia petista
Se prevalecer os interesses dessa triste coligação de pequenos interesses, esses partidos terão agravado a derrota da esquerda em Pernambuco, com sua traição. E haja bla-bla sobre a excelência das alianças espúrias de classe, em troca de cargos e mandatos
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No último sábado de junho, o portal eletrônico de notícias brasil247 promoveu um grande encontro de seus assinantes do norte- nordeste, no Centro de Convenções de Pernambuco . Foram convidados jornalistas da mídia alternativa, professores e políticos do PT e do PSOL. O responsável pelo portal (o jornalista Leonardo Attuch) declarou que o objetivo da reunião seria ampliar o número de assinantes do portal e, é claro, a audiência do 247. A estrela nacional do encontro foi o ex-ministro Aloísio Mercadante, que aliás encerrou o evento. As estrelas regionais foram: Marília Arraes, Humberto Costa e Luciana Santos.
Não deixa de chamar a atenção o fato desses últimos três terem sido convidados. Encontro indigesto, mas em horário distinto. Dizemos isto porque foram os principais personagens do "IMBROGLIO" em que se meteu parte da esquerda pernambucana, nas últimas eleições.E, tocamos no assunto, por conta das próximas eleições. Os nossos partidos mais à esquerda padecem cronicamente da ilusão de que se se aliarem com as oligarquias políticas regionais, podem viabilizar maus facilmente os seus projetos políticos.
Mas, historicamente, vem ocorrendo o contrário: as oligarquias é quem se servem desses partidos para obterem o selo de legitimidade necessária , perante uma opinião pública acostumada a ver a troca súbita de lados, sem muita explicação. Entre nós é assim o que vem acontecendo , no cenário das disputas políticas de Pernambuco.
A nefasta e duradoura aliança política entre o Partido Comunista do Brasil e a oligarquia remanescente da família Campos/Arraes, representada por um dos principais réus do processo fraudulento da Arena Pernambuco (conforme farta documentação apresentada em recente tese de doutorado em Direito). Aliança feita em troca de cargos e mandatos parlamentares. Somou-se a este acordo, o Partido dos Trabalhadores. E em pagamento, foi oferecida a cabeça da pré-candidata ao governo do estado, Marília Arraes.
Recorde -se que a decisão sobre esta nefasta aliança partiu de cima, dos corifeus do partido dos trabalhadores, como já tinha ocorrido com a tentativa reeleição de João da Costa a Prefeitura do Recife. Processo onde as digitais de Humberto Costa estavam bem impressas. É de se esperar que tal manobra se repita outra vez, com a eleição municipal do Recife, no próximo ano. Mais uma vez, interesses partidários e projetos pessoais atropelam a legítima discussão interna dos partidos de lançarem uma candidatura viável a Prefeitura, concorrendo com o nome ungido pela oligarquia estadual, seja o de Felipe Carreiras, do filho do falecido ou do deputado-primo Tadeu Alencar.
Se prevalecer os interesses dessa triste coligação de pequenos interesses, esses partidos terão agravado a derrota da esquerda em Pernambuco, com sua traição. E haja bla-bla sobre a excelência das alianças espúrias de classe, em troca de cargos e mandatos.
Este debate o encontro do Brasil 247 ficou nos devendo, no clima de festa e euforia reinante neste evento.
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