Correio - Instituição do Brasil

Não se pode perder de vista que os serviços prestados pelo Correio são de interesse público relevante, que beneficiam as populações das localidades mais remotas do país, alcance que, certamente, não seria atingido se fosse explorado por empresas privadas, entidades que objetivam prioritariamente o lucro

SÃO PAULO,SP,12.09.2013:GREVE/CORREIOS/LEOPOLDINA - Greve de funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) na manhã desta quinta-feira (12), na Agencia de Correios Leopoldina, zona oeste de São Paulo (SP), próximo ao Parque Villa-Lobos
SÃO PAULO,SP,12.09.2013:GREVE/CORREIOS/LEOPOLDINA - Greve de funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) na manhã desta quinta-feira (12), na Agencia de Correios Leopoldina, zona oeste de São Paulo (SP), próximo ao Parque Villa-Lobos (Foto: Décio Lima)


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*Artigo escrito com a deputada Maria do Rosário (PT-RS)

Estudiosos do campo organizacional identificaram o conceito de institucionalização como um processo pelo qual algumas organizações atingem elevado grau de efetividade e, por conseguinte, são respeitadas e amparadas pela sociedade em que estão inseridas. Deixam de ser meras organizações e se transformam em instituições. Exemplo brasileiro – o Correio, criado em 1663.

Atualmente o Correio possui um portfólio de serviços que ultrapassa o originário serviço postal. Presta serviço de logística integrada, financeiros e eletrônicos, funciona até como banco em municípios de baixa renda, efetua pagamentos do INSS, opera o FGTS, bem como programas relacionados com outras políticas públicas relevantes como, por exemplo, o MCMV. Enfim são mais de 100 produtos e serviços prestados, com presença em todos os municípios do país através de unidades próprias e franqueadas.

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Sob a perspectiva da estratégia nacional, em especial para os países em desenvolvimento e principalmente para aqueles de extensão territorial continental, caso do Brasil, as atividades fundamentais para o fortalecimento da autonomia e até das questões do Poder Nacional devem permanecer sob tutela direta do Estado.

Nessa linha, não se pode perder de vista que os serviços prestados pelo Correio são de interesse público relevante, que beneficiam as populações das localidades mais remotas do país, alcance que, certamente, não seria atingido se fosse explorado por empresas privadas, entidades que objetivam prioritariamente o lucro.

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Assim, diante do "economicismo" que tomou conta do país, a partir da usurpação do governo central, vale trazer à tona uma discussão muita antiga sobre o que se entende por desenvolvimento.

Trata-se da concepção que para alguns se cristaliza na ideia (reducionista) de que desenvolvimento tem a ver apenas com a dimensão econômica, enquanto para outros todas as iniciativas devem ampliar o foco e objetivar a evolução em todas as dimensões da humana associada.

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Crítico relevante da primeira opção acima mencionada, Celso Furtado assegurou, em síntese, que o desenvolvimento econômico é um mito, basicamente porque gera acentuada assimetria entre os países e internamente a esses entre os indivíduos.

E a frieza dos números parece que lhe deu razão na medida em que está configurado que 50% da riqueza mundial se concentra nas mãos de apenas 1% da população.

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A pergunta central dessa abordagem é: porque alcançamos estágios extraordinários de desenvolvimento econômico, científico e tecnológico em concomitância com condições de vida eticamente inaceitáveis?

Por isso, alegar déficit corrente, sucatear para privatizar e assim satisfazer a sanha dos parceiros do golpe perpetrado pelo governo ilegítimo contra a Nação, não será tolerado pelo povo brasileiro. Na perspectiva econômica existem propostas concretas elaboradas pela Federação Nacional dos Trabalhadores do Correios e pela Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores do Correios, que certamente atenderão melhor o superior interesse público do que a "tábula rasa" da privatização pretendida pelo atual governo federal.

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As principais propostas do povo do Correio se referem a:

Projeto de Lei que fidelize as postagens dos órgãos públicos federais e estaduais – receita prevista de R$ 20 bilhões/ano;

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Restituição pelo Tesouro Nacional de R$ 3,9 bilhões repassados à União acima do estabelecido legalmente;

Uma série de ações relacionadas com a gestão de pessoas, de investimento em logística e de melhoria nos serviços de postagens.

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O Correio é patrimônio material e imaterial do Brasil. Não à privatização!

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