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Cartunista Miguel Paiva apresenta algumas hipóteses sobre por que Bolsonaro insiste em ser contra o distanciamento, o uso de máscaras e a quarentena

(Foto: Miguel Paiva)


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Por Miguel Paiva, do Jornalistas pela Democracia 

Por que Bolsonaro insiste em ser contra o distanciamento, o uso de máscaras e a quarentena? O mundo inteiro, praticamente, vai na via contrária à dele. Por que será? Vejamos as hipóteses:

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Economia- Ora, para a economia deslanchar é preciso que o público consumidor esteja presente. Pelo menos é assim no mundo capitalista. Mesmo na economia de mercado, se as empresas que têm ações na bolsa não produzirem, a coisa não anda. Guedes sabe disso e mesmo tendo como solução final a diminuição “pela raiz” do número de pobres é muito melhor um cenário com o povo feliz e consumindo do que não. Mesmo na sua cartilha neoliberal, o achatamento existe, mas não dá para colocar o joelho no pescoço do povo que precisa produzir, consumir, melhorar de vida e respirar. Não vem dando certo sem pandemia, imaginem com.

-Ideologia- Por aí começa a fazer um certo sentido, se pensarmos na ótica da ideologia fascista. A morte é inevitável, precisamos produzir sem pensar na qualidade de vida do povo e sem deixar que o povo seja feliz. O tal joelho no pescoço. Como o povo demora a perceber que o trabalho é contra ele, o governo aproveita para passar a boiada e estabelecer a cerca. Mas isso dura pouco porque existe uma suposta democracia que ainda respira e dá seus pitacos. Congresso, supremo, sociedade, incluindo aí a inesperada grande imprensa, ou melhor, a imprensa de cativeiro. Uma hora, por mais que recebam o Paulo Guedes em seus salões, o preço acaba ficando muito alto. Melhor uma ilusão de país bem sucedido do que a realidade de uma republiqueta ditatorial. Na Faria Lima isso não pega bem.

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Prazer- Não acredito totalmente, mas que deve haver algum, sim. Ver o povo morrer batendo recordes se não te deprime e te impulsiona a fazer alguma coisa, você sendo presidente da república, deve dar algum prazer. Não é possível que alguém em sã consciência, como diria minha mãe, pode dizer, no dia da notícia do número estarrecedor de mortes, que ele é contra o isolamento. Só isolando esse homem do resto do mundo. Aliás, ele já está. Nas minhas divagações noturnas fico imaginando a família reunida e comemorando os números como comemoraram a vitória nas eleições. Naquela época tinha mais gente comemorando com eles. Hoje eu acho que esses a mais teriam vergonha.

Sadismo- Acredito totalmente. Sadismo é uma característica dos totalitários. Gostam de uma tortura, de um tiroteio, de uma demonstração de força. A paz, o entendimento, a harmonia, o progresso e o desenvolvimentos são palavrões que não fazem parte do vocabulário deles.

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Prestação de Contas- Talvez ele esteja certo, mas é preciso avisar ao homem que o pessoal não está mais cobrando dele e que o pagamento que eles esperavam era outro, sem esse exagero genocida todo. Eles queriam poder ganhar seu dinheirinho em paz com um presidente que os protegesse, mas que ficassem bem diante do mundo dos negócios, principalmente. Desse jeito, não há bolsa de valores que sustente. Na realidade eles já devem estar de olho em outro sindico para cuidar desse condomínio que ficou parecendo aqueles lá da Barra onde qualquer um mora.

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