Como reagir (sem violência) à sabotagem da Copa
É preocupante. Essa brincadeira de playboyzinhos desocupados e de políticos sem votos pode deixar um saldo trágico para o país. Resumindo: pode correr sangue
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Recebi uma boa e uma má notícia sobre a Copa do Mundo de 2014: em bairros da periferia de São Paulo já há pessoas se articulando para enfrentar os filhinhos de papai que estão se mobilizando, a mando de partidos políticos e organizações estrangeiras, para sabotar a Copa do Mundo de 2014 com a finalidade única de influir na eleição presidencial.
Só que a reação à sabotagem pode estar tomando um caminho pouco recomendável.
A pessoa que relatou essas reuniões que começam a ocorrer na periferia de minha cidade sobretudo entre torcedores de futebol indignados com a iniciativa de sabotarem a Copa do Mundo através da intimidação de torcedores e, ainda, buscando desestruturar a Seleção psicologicamente, disse-me que há quem pretenda se armar para enfrentar os sabotadores.
É preocupante. Essa brincadeira de playboyzinhos desocupados e de políticos sem votos pode deixar um saldo trágico para o país. Resumindo: pode correr sangue.
A fonte que me forneceu essas informações prometeu me colocar em contato com um desses grupos. Quero, pois, dar minha contribuição não apenas para combater a sabotagem da Copa, mas para impedir que os que são favoráveis e os que são desfavoráveis ao evento acabem se enfrentando numa batalha campal.
Se não é possível instilar bom senso entre os sabotadores da Copa, há que tentar fazê-lo entre os seus contrários. Violência nunca foi solução para nada. É possível, sim, combater sem violência esses grupos políticos que pretendem frustrar o evento.
Primeiro, é preciso denunciar que está sendo gasto muito dinheiro na sabotagem da Copa. Os interesses estrangeiros que estão insuflando o movimento estão financiando, também, o aparato publicitário que vai surgindo. Adesivos bem confeccionados estão sendo colados no transporte público e panfletos vêm sendo distribuídos.
Quem está financiando tudo isso? As autoridades têm obrigação de descobrir, até por conta do dinheiro estrangeiro que está sendo empregado para esse fim.
No alto da página, você vê um dos panfletos contra a Copa que estão sendo distribuídos pelas ruas de São Paulo instruindo a molecada de classe média alta a se armar para intimidar o público dos jogos, sobretudo os turistas estrangeiros.
Manifestações contrárias às dos sabotadores também preocupam. Dois grupos radicalizados se encontrando não chega a ser uma boa notícia. Poderiam ser feitas manifestações a favor e contra a Copa, mas não diante dos estádios. Que cada uma ocorresse em locais separados. Se colocarem esses grupos um diante do outro, sobrevirá uma tragédia.
Não há grupos tão organizados dispostos a defender a realização da Copa do Mundo no Brasil. Esses grupos mal começam a se formar e, à diferença dos grupos que querem sabotar o evento, os que querem defendê-lo não têm dinheiro.
Contudo, todo aquele que quiser lutar contra essa iniciativa torpe de sabotar um evento tão importante para o Brasil sob fins exclusivamente políticos, sugiro, por exemplo, panfletagem ou, para quem puder gastar um pouco mais, confecção de adesivos.
Que tal panfletos e adesivos com a frase “SABOTAR A COPA É SABOTAR O BRASIL”? É só uma ideia. Podem surgir outras. Pode-se, por exemplo, fazer panfletos enumerando os benefícios que a competição trará ao país. Isso, claro, além do boca a boca.
Só o que não vai resolver nada será o enfrentamento. Os grupos de torcedores que começam a se formar não podem apelar para a violência.
Apesar das más intenções dos sabotadores da Copa, todo brasileiro tem o direito constitucional de fazer manifestações pacíficas. E se esses energúmenos partirem para a violência valendo-se dos artefatos na imagem acima, que a polícia cuide deles. Quem usar violência para combater a violência estará ajudando a sabotar a Copa.
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