Como derrubar Bolsonaro dos 30%

"As oposições deveriam conversar com esses 30% enquanto é tempo", afirma o jornalista Alex Solnik. "Há exemplos recentes, na Europa, de vitórias das oposições contra a extrema-direita no poder em que a tática não se limitou a apenas atacar o extremista, mas, também, atrair parte do seu eleitorado, não com palavras eloquentes, mas com concessões em seus programas de governo"

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)


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No dia 1 de agosto o governo Bolsonaro completa 546 dias. A lista de malfeitos, agressões à constituição, à humanidade, quebras de decoro, mentiras, calúnias, injúrias, difamações, ataques à imprensa, à liberdade de opinião, chantagens, arroubos autoritários é de fazer inveja a notórios malfeitores da humanidade, tais como Nero ou Calígula.

Desde o primeiro dia em que proferiu sua primeira agressão, mostrou sua ignorância, xingou, exibiu seus preconceitos, ele foi impiedosamente criticado pelas oposições e pela imprensa que não se alinhou a ele. Denúncias são feitas todos os dias, nas redes sociais, no Jornal Nacional; queixas são encaminhadas às mais variadas instâncias, do STF ao Tribunal Penal Internacional.

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E, no entanto, entra pesquisa, sai pesquisa, 30% dos eleitores acham que está tudo bem, que ele está certo, tudo vai melhorar e estão dispostos a votar nele de novo nas próximas eleições.

Não sei quando as oposições vão constatar que somente denunciar, somente se indignar, somente esbravejar, demonizar, xingar, debochar, como foi feito desde que ele assumiu, não é suficiente; não abala as convicções dos 30% que o apoiam.

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Para entender por que isso acontece, as oposições deveriam conversar com esses 30% enquanto é tempo.

Há exemplos recentes, na Europa, de vitórias das oposições contra a extrema-direita no poder em que a tática não se limitou a apenas atacar o extremista, mas, também, atrair parte do seu eleitorado, não com palavras eloquentes, mas com concessões em seus programas de governo, que foram cumpridas.

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“Um passo em frente, dois passos atrás ... É algo que acontece na vida dos indivíduos, na história das nações e no desenvolvimento dos partidos”. (Vladimir Ilitch Lênin, in “Um passo em frente, dois passos atrás”, 1904)

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